A FIFA abriu, esta quinta-feira, a porta a negociações com associações de Ligas de futebol e Sindicatos de Jogadores a nível mundial para repensar o calendário de competições.
«Acreditamos que existe um caminho mais produtivo para o futebol do que as ameaças de ações legais», lê-se no comunicado da FIFA, que pretende «pôr fim a um impasse de três meses».
Numa carta a que a Associated Press teve acesso, a FIFA comunicou à Associação das Ligas Mundiais e à Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) que «a oferta de diálogo permanece em cima da mesa», disponibilidade que surge entre processos judiciais e ameaças à política desportiva seguida.
Em maio, a Associação Mundial de Ligas de Futebol e os Sindicatos de Jogadores acusaram a FIFA de ser «abusiva» por continuar a aumentar o número de jogos e de competições, que obrigam os seus membros a adaptarem-se.
O número de seleções para o Mundial de 2026 aumentou de 32 para 48. Em simultâneo, o Mundial de Clubes foi repensado, agora com 32 equipas. Esta prova terá início em junho de 2025, nos Estados Unidos, e será disputada de quatro em quatro anos.
Ao mesmo tempo, a UEFA também expandirá as três competições de clubes, com mais equipas e mais jogos, comprimindo os calendários nacionais.
Neste contexto, vários grupos europeus de Ligas e de Sindicatos de Jogadores avançaram com uma queixa legal formal contra a FIFA – mas não contra a UEFA – garantindo que o dossiê está a ser tratado com a Comissão Europeia.
Os sindicatos membros da FIFPro em Inglaterra e França também apresentaram uma ação contra a FIFA no tribunal de comércio de Bruxelas.