Luís Figo sofreu ¿ provavelmente ¿ a lesão mais grave da sua carreira aos 35 anos, com uma fractura do perónio da perna direita, mas não é por isso que o jogador português alguma vez pensou deixar de jogar devido a esta contrariedade.
«Não. Longe disso. Neste momento, nem sequer pensei em relação ao final da carreira. As coisas estão estipuladas», afirmou Luís Figo numa entrevista que o jogador do Inter de Milão deu à TVI.
O médio português revelou que «correu tudo bem» com a operação e que «o mais importante» é que está «tranquilo para o tempo de recuperação» que agora começa. «Vou ter de estar uma semana sem apoiar o pé e depois já posso apoiá-lo e já começo a recuperação normal», acrescentou.
O tempo estimado pelos médicos foi inicialmente de dois meses, mas Figo frisou que a decisão da cirurgia teve como objectivo «recuperar o mais rápido possível». «A outra opção era estar imobilizado e acho que ia perder muito mais tempo. Neste caso, ganho 15, 20 dias; por isso, não sei por quanto tempo vou estar parado, mas espero que seja inferior a dois meses», disse.
Figo sofreu uma falta dura de Nedved, no Juventus-Inter da passada semana, com um pontapé na perna direita que deixou o português bastante maltratado. «Sofri uma pancada forte na parte do perónio, que me apanhou o gémeo. Senti que era um golpe forte, mas tive esperança que não me tivesse apanhado nenhuma parte do osso. Infelizmente não foi isso que veio a acontecer. Ainda tentei continuar um bocado, mas senti logo que era uma coisa grave», contou.
O pior cenário, o de uma fractura, confirmou-se, mas, apesar das consequências de uma falta dura, Luís Figo «não» guarda mágoas em relação ao jogador checo: «São coisas que acontecem no futebol, a cada fim-de-semana. Sou sempre levado a pensar que os profissionais do futebol não estão no campo para lesionar ninguém.»