Era uma jornada de fogo em Espanha e terminou com uma vitória daquelas que sabem a mais que três pontos. O Real Madrid estava a perder por 0-2 no El Madrigal a meia hora do fim e deu a volta: ganhou por 3-2, voltou ao topo da Liga, onde tinha ascendido horas antes o Barcelona, e ganhou uma boa dose de moral no que aí vem, ainda para mais depois de ter perdido a meio da semana um dos dois jogos em atraso que trazia no bolso. Foi fechar com chave de ouro um fim de semana de futebol internacional que deixou decisões para o fim e viu as estrelas dizerem presente.

No Villarreal-Real Madrid foi Gareth Bale a iniciar a «remontada» aos 64m, dez minutos antes de Cristiano Ronaldo converter o penálti que empatou o jogo. Morata consumou a reviravolta aos 83 minutos.

O Barcelona passou neste domingo três horas na liderança, depois de Lionel Messi ter arrancado aos 87 minutos a vitória no clássico com o At. Madrid. E na véspera o Sevilha também tinha deixado uma demonstração de força no dérbi com o Bétis.

No fim das contas tudo como antes. O Real na frente com um ponto de vantagem sobre o Barcelona e um jogo a menos (frente ao Celta, a jogar-se não se sabe bem quando), e três sobre o Sevilha. O Atlético já olha de longe para o trio da frente, são sete pontos de distância para o Sevilha e o terceiro lugar.

Apareceu Messi, apareceu Cristiano e, lá em Inglaterra, apareceu Ibrahimovic, dois golos na final da Taça da Liga, a abrir com um belo livre e aos 87 minutos a resgatar a vitória para o Manchester United (3-2) e a tornar inglório o esforço do italiano Gabbiadini, que marcou os dois golos que puseram o Southampton de Cédric em igualdade na decisão.

Troféu para José Mourinho, mais um, e para Ibra, que chegou e já ganhou. «Muitos disseram que não ia dar-me bem em Inglaterra. Meus amigos, cá estou», disse no fim, ele que conquistou o 32º título da sua carreira e já leva 26 golos marcados esta época. Zlatan aos 35 anos a ser o Zlatan de sempre. A conversa com Pogba no relvado no final é imperdível. «Foi para isto que o comprámos», disse o francês, o jogador mais caro do mundo. «Que me compraram? A ti é que te compraram. Eu vim de borla», atirou o sueco.

Também houve jornada da Premier League em Inglaterra, com o líder Chelsea a passar tranquilamente pela receção ao Swansea e o Tottenham a subir provisoriamente ao segundo lugar à força de Harry Kane. Depois do «hat-trick» para a Taça o «Furacão» Kane marcou mais três neste domingo ao Stoke City. Os Spurs estão a dez pontos do Chelsea, numa ronda em que tanto Arsenal como Manchester City tiveram os seus jogos adiados, porque os seus adversários eram respetivamente Southampton e Manchester United.

Lá no fundo, o Hull City de Marco Silva voltou à competição com um empate frente ao Burnley, mas não foge à penúltima posição.

Na Alemanha também foi ronda de golos e goleadores. Antes de mais no incrível resultado do Bayern Munique frente ao Hamburgo, nada menos que 8-0, com «hat trick» de Lewandowski. O jogo assinalou de resto uma marca notável para Carlo Ancelotti: 1000 jogos como treinador, ele que já ganhou três Taças de Campeão Europeu no banco (além de duas como jogador), foi campeão em Itália, Inglaterra e França e vai bem lançado para o ser também na Alemanha, são nesta altura cinco pontos de vantagem sobre o Leipzig, segundo.

Na vitória do Borussia Dortmund frente ao Friburgo também houve um goleador a dizer presente. Aubameyang não marcava há quatro jogos, apontou dois golos, pé quente do avançado a pouco mais de uma semana da segunda mão dos oitavos da Champions frente ao Benfica.

Em Itália, depois da vitória no Dragão a Juventus teve também uma vitória tranquila, frente ao Empoli, a nona seguida da Vecchia Signora. A Roma não desarma, venceu o clássico com o Inter a fechar a noite de domingo, mas a Juve está a sete pontos de distância.

E em França é o Mónaco quem continua a alumiar caminho, mesmo numa ronda em que o PSG deixou um claro sinal de força. A equipa de Leonardo Jardim, Bernardo Silva e João Moutinho venceu no sábado, na visita o Guingamp, garantindo desde logo que manteria pelo menos três pontos de vantagem na frente. A fechar o domingo, no entanto, o PSG deixou um aviso forte: ganhou o clássico com o Marselha por nada menos que 5-1.