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Azul e grená. São as cores oficiais do Jamor 2010. Com um cliente habitual, o F.C. Porto, e outro estreante, o D. Chaves, foi festa garantida. Não faltou nada. E sobrou barulho.

Mudou o menu dos piqueniques, muda sempre, conforme os protagonistas. Este ano houve mais chouriça, presunto e outras iguarias transmontanas. Como o folar, bôla com carnes e tudo, que o senhor Fernando, flaviense a viver em Lisboa, descreveu ao Maisfutebol em poucas palavras. «Um espectáculo. E foram gajos do F.C. Porto que o comeram quase todo. A gente deixou-os...»

Nas matas e caminhos do Jamor, o dia passou-se bem. O que perderam em número os adeptos do D. Chaves ganharam em entusiasmo. Chegaram mais cedo, estavam mais animados. Trouxeram comida e tudo o que era preciso para passar um belo domingo. Debaixo de umas árvores, tocava-se acordeão e tambor, um concerto improvisado com portistas e flavienses e ver e a aplaudir.

Não faltou nada à festa do Jamor. As barracas dos couratos e bifanas, a polícia a cavalo e boa disposição. Também humor, como o daquele adepto que trouxe desde Chaves uma boneca insuflável a fazer de suporte à mensagem, dirigida ao herói da meia-final, com a Naval: «300 km para te ver. Oferece-me a camisola, Edu.»

Depois, houve muuuuuiiiiiito barulho. Não, não era só aquele adepto, com meio garrafão enfiado na cabeça a fazer de chapéu, que cantava vivas ao D. Chaves através de um megafone. É que chegaram ao Jamor as temidas vuvuzelas, as tais que prometem assombrar muitos ouvidos no Mundial. Pior: não foram só elas.

A resposta dos vendedores ambulantes à novidade importada da África do Sul foi rápida. Não temos vuvuzelas? Desenrasca-se umas cornetas. Muitas, e de todas as cores. Azuis, vermelhas, amarelas. Por cinco euros cada, barulho garantido. Como as vuvuzelas? Resposta de comerciante, empenhado em impingir uma ao Maisfutebol: «Isto? Não, é muito diferente. Muito superior.» Seja. Por esta altura, já não há ouvido que distinga.