As Finanças continuam a desenvolver contactos para vender os passes de sete jogadores do Boavista, que foram penhorados na sequência de uma dívida de 1, 18 milhões de euros. Na hasta pública de 10 de Dezembro, não surgiram interessados, mas o processo avançou para uma fase de negociação particular.
Passes foram a leilão
As bases de licitação
Entre os jogadores que se viram envolvidos nesta polémica, Marquinho já nem sequer pertence aos quadros do Boavista. Como tal, não poderia continuar a ver o seu passe leiloado, com valor-base de licitação na 210 mil euros. A 28 de Dezembro, os axadrezados anunciaram a rescisão do contrato entre as partes, com o lateral a regressar ao Brasil para representar o Vasco da Gama.
«O Boavista Futebol Clube, Boavista SAD e o atleta Marquinho chegaram a um acordo amigável de rescisão do contrato desportivo que os ligava. Foram integralmente liquidadas as responsabilidades acordadas entre as partes. Face ao comportamento exemplar do atleta em todo este processo e pelo profissionalismo que sempre demonstrou enquanto atleta desta SAD vem o Boavista Futebol Clube, Futebol SAD publicamente desejar os maiores sucessos profissionais ao atleta Marquinho», comunicaram as panteras, na altura.
O Maisfutebol procurou esclarecer esta dúvida na 4ª Repartição de Finanças do Porto, na Boavista, mas o chefe da repartição mostrou-se indisponível para comentar o caso.
Esta questão levanta-se numa altura em que alguns empresários de futebol foram contactados pelas Finanças, via e-mail, para participarem na venda dos passes dos jogadores (Marquinho, Ricardo Silva, Mário Silva, Nuno Pinto, Essame, Gilberto e Hugo Monteiro).
A informação foi avançada nesta quarta-feira pelo jornal «O Jogo», que publica o conteúdo de um dos referidos e-mails. Na 4ª Repartição de Finanças do Porto, ninguém nega a veracidade desta notícia, estranhando apenas a divulgação pública de um documento que foi catalogado como «confidencial».