O antigo piloto de Fórmula 1 brasileiro Nélson Piquet não ficou indiferente à onda de indignação que provocou por ter chamado «neguinho» a Lewis Hamilton e, através de um comunicado enviado à comunicação social, veio a público pedir desculpa ao piloto inglês, garantindo que não teve a intenção de ofender.
«Peço desculpa a todos que se sentiram afetados, incluindo Lewis, que é um grande piloto, mas a tradução em algumas media que agora circula nas redes sociais não é correta. Discriminação não tem espaço na F1 ou na sociedade e estou feliz em deixar claro meus pensamentos sobre isso», escreveu o antigo piloto.
Uma reação que se segue a uma onda de indignação da parte da família da Fórmula 1, pilotos e equipas, que, nos últimos dias, têm-se manifestado contra a descriminação e intolerância no desporto.
Em causa está uma entrevista de Nélson Piquet ao jornalista Ricardo Oliveira, de novembro de 2021, em que o antigo piloto trata o piloto britânico como «neguinho» ao comparar o acidente entre Hamilton e Verstappen em Silverstone, da época passada, com outro, mais antigo, entre o compatriota Ayrton Senna e Alain Prost, de 1990.
«O neguinho meteu o carro e não deixou [desviar]. O Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho meteu o carro e não deixou [Verstappen desviar]. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem», disse, na altura, o antigo tricampeão mundial.