Quase duas semanas depois do polémico acidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, no Grande Prémio da Grã-Bretanha, o piloto holandês da Red Bull falou pela primeira vez publicamente sobre o assunto.

Na primeira volta da corrida, os dois principais candidatos ao título mundial da Fórmula 1 tocaram-se e Verstappen acabou atirado contra o muro da curva exterior, ficando logo aí fora do GP.

Hamilton foi penalizado por dez segundos, mas conseguiu recuperar essa desvantagem para Charles Leclerc, da Ferrari, e vencer a corrida, encurtando distâncias para Max na classificação. Esta quinta-feira, véspera do início do GP da Hungria, o líder do campeonato deu a sua opinião.

«Lutei muito, defendi muito, mas não fui agressivo, porque se o tivesse sido podia tê-lo empurrado ou esmagado contra a parede interior», afirmou, em conferência de imprensa.

«Mas dei-lhe espaço, apenas abri o meu canto e quando te comprometes como ele fez e não desistes, é claro que acabarás por bater, naquele caso em mim. Eu estava do lado de fora, não esperava que ele batesse na traseira do meu carro», prosseguiu.

Verstappen criticou depois a penalização de dez segundos atribuída ao britânico da Mercedes: «Basicamente eliminas o teu principal rival e depois, com a velocidade que os nossos carros têm, ficas com quilómetros de vantagem para a terceira melhor equipa da grelha. Estamos facilmente 40, 50 segundos à frente, em condições normais. Portanto, uma penalização de dez segundos não faz nada. Definitivamente devia ter sido mais pesada.»

Verstappen mostrou-se ainda surpreendido com o facto de o relatório dos comissários da corrida atribuir parte da culpa do acidente ao piloto da Red Bull, uma vez que, como acima referido, defende que a curva era sua.

O Mundial de Fórmula 1 prossegue este fim de semana, com o Grande Prémio da Hungria. Verstappen lidera agora com oito pontos de vantagem em relação a Hamilton. Esta corrida é, de resto, a última antes da pausa de verão.