Vítima de um aparatoso acidente no Grande Prémio do Bahrein, Romain Grosjean assumiu que viu a morte durante o momento em que o seu monolugar se incendiou e se enfiou no meio de uma das barreiras de segurança do circuito.

«Foi o maior acidente que já vi, vi a morte à minha frente. Isto vai marcar-me para sempre», começou por dizer, em entrevista à TF1 e LCI.

«Dada a magnitude do acidente, estou muito bem, apesar de ter as mãos do Mickey. As minhas mãos não me doem, embora o aspeto delas seja chocante», prosseguiu.

Depois, Grosjean deu mais detalhes do acidente: «Vi o meu visor todo laranja, as chamas ao meu redor e veio-me à cabeça o acidente de Niki Lauda [em 1976, o piloto austríaco queimou o rosto num acidente no GP Prémio da Alemanha]. Não queria acabar assim. Tive de sair do carro pelos meus filhos. Tinha mais medo pelos meus familiares, mas também pelo meu pai e pela minha mãe. Não tinha muito medo por mim. Vi a morte a chegar, não tive outra opção senão sair dali.»

Apesar do trauma, o piloto da Haas garante que quer voltar a sentar-se num carro de Fórmula 1 na última corrida do ano, ele que está de saída da equipa norte-americana.

«Mesmo em Hollywood, isto não existe. (…) Depois deste acidente, estou feliz por estar vivo. Quero voltar à pista no GP de Abu Dhabi, para terminar a minha história na Fórmula 1 de maneira diferente. O Grosjean de antigamente nunca teria disto isto, mas se eu fizer Abu Dhabi e ficar em 20.º, vou ficar feliz na mesma.»