Max Verstappen explicou-se esta quinta-feira a propósito da polémica do Grande Prémio do Brasil, quando não cedeu a posição ao colega de equipa, Sergio Pérez, o qual ainda luta pela segunda posição no campeonato de pilotos da Fórmula 1.

Na conferência prévia ao último Grande Prémio da temporada, em Abu Dhabi, o piloto da Red Bull, atual bicampeão do mundo, justificou o porquê de não ter trocado de posição e revelou que a sua família foi alvo de ameaças de morte.

«Já tinha acontecido anteriormente e eu já tinha explicado à equipa a minha posição [no Grande Prémio do México]. A equipa percebeu e concordou. Fomos para o Brasil e pensei: ‘Vamos apenar correr e tentar obter o melhor resultado possível», começou por dizer.

«E depois houve uma falha de comunicação no sábado e no domingo – ninguém me tinha falado sobre uma eventual troca. Apenas me disseram na última volta da corrida, no rádio. Já deviam saber a minha resposta dado que eu tinha dito na semana anterior», continuou.

O piloto neerlandês revelou depois que o problema foi resolvido internamente: «Depois da corrida tivemos discussões positivas. Pusemos tudo na mesa e a situação ficou resolvida. Olhando para trás, devíamos ter tido esta conversa mais cedo, porque eu nunca fui mau colega de equipa para ninguém. Sempre fui muito prestável e a equipa sabe disso. Sempre pus a equipa à frente porque no final de contas isto é um desporto de equipa.»

Verstappen continuou o tema e falou sobre as ameaças à família, além das críticas que recebeu por parte da comunicação social.

«No final da corrida, parecia muito mau nos media. Mas eles não sabem tudo. O facto de me terem mandado abaixo é ridículo. Eles não sabem como é que a equipa trabalha e o que é que a equipa gosta em mim. As coisas que li foram bastante nojentas.»

«Além disso, e pior do que isso, as pessoas começaram a atacar a minha família, ameaçaram a minha irmã, a minha mãe, a minha namorada, o meu pai – para mim, isso é ir longe demais. Isso tem de parar. Se têm problemas comigo, tudo bem, mas não vão atrás da minha família, isso é inaceitável» defendeu.

«Mas seguimos em frente. Honestamente, tenho uma grande relação com o Checo [Pérez]», garantiu.