Já está a decorrer, desde as 11 horas da manhã, a Assembleia-Geral decisiva para a aprovação dos novos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol. A reunião começou com todos os sócios (500) presentes, mas entretanto conheceu um facto relevante: Carlos Coutada abandonou a sala.

O presidente da Associação de Futebol de Braga disse à saída que abandonava a Assembleia-Geral «por uma questão de consciência». «Não quero ser um entrave à aprovação dos estatutos», disse o dirigente, após cerca de hora e meia presente na reunião magna decisiva para o futuro.

Estatutos da Federação aprovados

Desta forma, refira-se, ficou aberto caminho à aprovação dos estatutos. Recorde-se que as Associações de Futebol de Castelo Branco e Portalegre já anunciaram a mudança do sentido de voto, elas que na última reunião votaram contra a aprovação dos novos estatutos federativos.

Mais tarde, aquando da votação na generalidade, os estatutos foram mesmo aprovados com 80,8 por cento dos votos. Para os estatutos serem aprovados, recorde-se, era necessário que a proposta recolhesse 75 por cento dos votos, mais um. O que de facto veio a verificar-se.

À saída, Carlos Coutada disse que abandonava a reunião «para não trair a consciência» e porque ausentando-se «viabilizava a aprovação dos estatutos». Mesmo assim o dirigente deixou «uma acção de protesto firme contra a ingerência do governo em toda esta matéria.»

Na última reunião, realizada no final de Janeiro, a proposta de aprovação dos novos estatutos recebeu 70,6 por cento dos votos, apenas. As associações distritais, em conjunto, têm 55 por cento do universo de votos, pelo que são peça fundamental para a aprovação de qualquer nova proposta.

Recorde-se que de acordo com os novos estatutos, a influência do conjunto de associações distritais cai em vinte por cento, de 55 para 35 por cento. Por isso as associações têm liderado a contestação aos novos estatutos, que de acordo com a lei deviam ter sido aprovados até 27 de Julho de 2009.