A direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu apresentar em Assembleia Geral uma «proposta na qual, entre outros requisitos, se estipula que os clubes não poderão, em nenhum momento da época, ter dívidas vencidas aos seus jogadores, treinadores e demais colaboradores, e deverão ter em dia a situação fiscal bem como as contribuições devidas à Segurança Social». A medida é apenas aplicável às provas organizadas pela FPF, ou seja, não engloba a Liga, nem a II Liga.
O presidente Gilberto Madaíl explicou, ao portal do órgão, a apresentação da proposta: «Creio que é urgente que os clubes tenham noção de que a sua organização interna tem que ser bem estruturada, que a sua responsabilidade é enorme e que a gestão tem que ser cada vez mais cuidada e responsável. Por muito que respeitemos o amor que muita gente tem pelos seus clubes, chegou o tempo de perceber que esta actividade, mesmo nos escalões não profissionais não pode ficar dependente de apoios esporádicos e voláteis que, quando faltam, deixam os clubes, os atletas e toda a gente, numa situação muito vulnerável.»
Ora, de acordo com a própria federação, foram ainda discutidas as «as consequências da eventual não participação de clubes nas Ligas profissionais por incumprimentos salariais, fiscais e relativos à segurança social».