Portugal qualificou-se para o Campeonato da Europa de sub-21 com dez vitórias em igual número de jogos (incluindo o playoff), mas Rui Jorge rejeita a ideia de que a equipa das quinas apresenta-se na fase final como favorita à conquista do troféu.
 
«Fizemos uma qualificação exemplar e podemos bater-nos com todas as equipas, mas não olhamos para elas como inferiores. Olhamos para elas como equipas fortes. Não nos podemos considerar favoritos, mas consideramos que somos uma equipa forte, com vontade de vencer», disse o selecionador em conferência de imprensa, deixando claro logo a abrir que «o grande objetivo passa pela presença nos Jogos Olímpicos».
 
Questionado se, ainda assim, não podia surgir uma pressão sobre a equipa, com base num favoritismo teórico, Rui Jorge respondeu que isso «só pode existir de quem é alheio ao processo». «Os jogadores vão ter toda a informação sobre os adversários, e não vão ficar com essa ideia de favoritismo. É um facto que nos apurámos com dez vitórias em dez jogos, algo que ninguém tinha conseguido nestes moldes de qualificação, mas o favoritismo não se vê por aí», defendeu.
 
Rui Jorge lembrou ainda que a Inglaterra «ganhou onze jogos e empatou um» e que a Alemanha «venceu oito e empatou dois». «Custa-me que se atribua favoritismo quando não se conhece o outro lado. Os números podem passar isso, mas a nossa missão é estudar os adversários e passar informação aos jogadores. Nada que nos retire ambição», afirmou.
 
O selecionador sub-21 assumiu ainda que a influência das equipas B «é inegável», mas defendeu que «essa questão coloca-se mais na fase de transição, na seleção sub-20». «Aqui temos jogadores que vão no quarto ano de sénior. Não é o mesmo que no início da qualificação, em que estão no primeiro ou no segundo», explicou.
 
Questionado ainda sobre Gonçalo Paciência, um dos elementos convocados, que sofreu uma lesão muscular no final de abril, Rui Jorge disse ter a informação de que o ponta de lança está totalmente recuperado.