O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chamou o presidente da Federação de emergência ao palácio do Eliseu, na sequência dos assobios que se ouviram no Stade de France na noite de terça-feira quando foi tocado o hino francês, antes da partida frente à Tunísia. A ruidosa manifestação que perturbou os acordes da «Marselhesa» desencadeou reacções de choque e indignação por todo o país.
Terão sido adeptos de nacionalidade francesa mas de origem tunisina os responsáveis pelos assobios. Perante o sucedido, em imagens a que todo o país assistiu em directo, o secretário de Estado do desporto, Bernard Laporte, sugeriu mesmo que a França não volte a jogar com equipas magrebinas no Estádio de França.
O primeiro-ministro François Fillon criticou por seu turno os responsáveis da Federação e defendeu que, perante uma situação como a que se viveu, o jogo devia ter sido interrompido, uma posição apoiada por alguns representantes de partidos da oposição.
Em menos de uma semana, esta é a segunda vez que o futebol é usado como veículo para manifestações com repercussões políticas. No fim-de-semana, foi a Itália que se viu embaraçada pela exibição de símbolos fascistas em Sófia, durante o encontro entre a selecção «azzurra» e a Bulgária.