André Villas-Boas defende que é a altura do Marselha olhar-se ao espelho e refletir sobre o mau momento da equipa, depois da surpreendente derrota diante do Nîmes (1-2), último classificado da liga francesa. O treinador português abriu as portas do seu gabinete aos jogadores, mas defende que a introspeção tem de ser alargada a todo o clube, incluindo todos os membros do staff e direção, incluindo o presidente.

«Houve muitas trocas de impressões positivas. Não só de mim para os jogadores, mas também do presidente para os jogadores e dos jogadores para o staff. Todos falaram, incluindo os capitães obviamente. Em relação ao que aconteceu, todos nos olhámos no espelho para fazer melhor. Espero que tenha um impacto positivo no estado de espírito da equipa», começou por dizer o treinador no decorrer da conferência de imprensa de antevisão da receção ao Lens, jogo em, atraso da 9.ª jornada marcado para esta quarta-feira.

Villas-Boas garante que cumpriu a sua parte e revelou que recebeu Florian Thauvin, Dimitri Payet e Steve Mandanda no seu escritório. «O que foi dito fica entre nós, mas é verdade que precisamos que os três estejam no topo das suas capacidades», destacou.

O treinador português está convencido que o atual momento do Marselha, com apenas uma vitória nos últimos seis jogos, não tem a ver com a sua relação com os jogadores. «Acho que tenho uma boa relação com o grupo. Temos um bom relacionamento entre nós, não há dúvida quanto a esse aspecto», referiu.

André Villas-Boas saudou ainda a intervenção do presidente do clube, Jacques-Henri Eyraud, apesar do dirigente ter apontado o dedo para a falta de referências na equipa. «Falou ontem, que bom, disse o que tinha a dizer no clube. É importante que o presidente esteja presente e ontem ele fez isso», comentou ainda.