Rudolph Douala voltou este sábado a Portugal, para participar na festa de despedida de William. No final, e em exclusivo ao Maisfutebol, recordou a sua saída do Sporting, rumo a uma aventura em Inglaterra que o deixou «frustrado» e «insatisfeito». Uma saída que, ao que parece, não foi de encontro à sua vontade. Isto porque, como o próprio confessa agora, foi «obrigado» a deixar Alvalade.
«Eu nunca quis ir para Inglaterra e para o Portsmouth. Fui obrigado pelo Sporting a ir para lá», recorda Douala, antes de um desabafo de desencanto. «Mas o dinheiro não é tudo na vida».
Obrigado por quem e porquê, insistimos. «Porque foi um bom negócio muito bom para o Sporting. Um milhão de euros por um ano de empréstimo é um excelente acordo. Uma equipa de França também dava um milhão, mas era para adquirir o meu passe em definitivo», explica o internacional dos Camarões.
«Já poderia ter regressado ao Sporting em Janeiro»
De facto, ao olharmos para o número de Douala ao serviço do Portsmouth, percebemos a latente decepção do camaronês. Numa temporada inteira, o extremo participou somente em dez partidas oficiais. Sete a contar para a Premier League, duas para a Taça da Liga e uma para a Taça de Inglaterra. Por isso, diz que não ficará em Inglaterra.
«Para lá não devo ir. Tenho contrato com o Sporting e vamos ter que conversar. Vamos ver se fico por Lisboa. Já poderia ter regressado em Janeiro, mas só faltavam três meses para acabar o campeonato e preferi permanecer no Portsmouth».
Douala está visivelmente desgostoso com o seu último ano. E quando o Maisfutebol sugere que poderá ter poucas hipóteses de jogar no Sporting, pois Paulo Bento não costuma utilizar um sistema que inclua extremos, o jogador encolhe os ombros.
«É um problema. Mas já joguei noutras posições e dei-me bem. Não tenho que provar nada. Tenho 29 anos e continuo a ir à selecção. Sou um jogador com muita experiência», conclui.