Está jogado um quinto da Primeira Liga. Com tudo - mesmo tudo - por decidir, é boa altura para um exercício de balanço. Ou balancinho, vá:

FC Porto - Já perdeu quase tantos pontos como no campeonato passado. Ainda fortíssimo, mas sem ares de imperador. Hulkodependência parece real.

Benfica - Mais consistente, sobretudo. Importante a ultrapassagem do trauma-Dragão. Como se dará em duas frentes activas, se a Champions correr bem?

Sp. Braga - Meia surpresa. Leonardo Jardim estrutura bem uma equipa cheia de novidades. Injusto falar em trabalho aproveitado do passado. Há, mas não tanto como em épocas anteriores.

Marítimo - Mais de meia surpresa. Percurso muito bem alavancado na vitória em Alvalade. Dificilmente ficará tão acima, mas parece embalado para luta pela Europa. Como de costume, aliás - só que este ano chegou mais cedo.

Académica - Surpresa total, e bem agradável. Pedro Emanuel a marcar pontos, futebol positivo e expectativa alta para a recepção ao FC Porto, na próxima jornada.

Sporting - Patina sobre uma fina camada de gelo. Já consegue bons passos, mas ainda viverá no pânico de voltar a cair num buraco frio. A maior incógnita do momento.

Olhanense - Pé ante pé, vai conquistando pontos e combatendo a imagem ultradefensiva que deixou logo a abrir, no 1-1 de Alvalade.

Gil Vicente - Equilíbrio total no trabalho de Paulo Alves e nos números: duas vitórias, dois empates, duas derrotas.

V. Setúbal - Pouco bonito, por agora, mas muito razoavelmente eficaz. Trabalho em desenvolvimento de um jovem treinador que vai prometendo.

Beira-Mar - Tem a melhor defesa da Liga, a par do Sp. Braga, mas também marca muito pouquinho. Equipa à procura de si própria.

Feirense - Mais bonito que o V. Setúbal, menos um ponto e dois golos de eficácia, até ao momento. Meia surpresa, também, pela forma positiva como encarou os desafios com Benfica e FC Porto.

V. Guimarães - O erro foi ter começado a época com Manuel Machado ou, depois, tê-lo despedido? Adivinha-se grande margem de progressão, mas o desafio de Rui Vitória é imenso e pesado.

P. Ferreira - Novo treinador ainda não pontuou e por agora tem entre mãos um problema de disciplina para resolver. A culpa de 27 amarelos e sete expulsões não pode ser só dos árbitros.

Nacional - Pode ser que pague a factura da entrada prematura nas competições europeias. Esperava-se mais da equipa de Ivo Vieira. E claro que ainda vai a tempo.

U. Leiria - Três treinadores e meio ao fim de seis jornadas. Ou escapa alguma coisa a toda a gente excepto aos dirigentes ou é um caso sem explicação racional.

Rio Ave - O único que ainda não ganhou. Muita fé nas poderosas recuperações de Carlos Brito, mas naturalmente com motivos de preocupação.

*Editor Desporto TVI

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