Megan Rapinoe, capitã da seleção norte-americana de futebol feminino, que se sagrou campeã do mundo, afirmou que a equipa não irá à Casa Branca caso seja convidada.

«Eu não irei. E creio que a restante equipa, com que falei explicitamente sobre isso também não», disse a jogadora em entrevista à CNN.

Recorde-se que a atleta esteve envolvida numa polémica troca de palavras nas redes sociais durante o Mundial.

Trump disse que convidaria a seleção para a Casa Branca, independentemente do desfecho do campeonato, tendo dirigido uma mensagem a Rapinoe no seu Twitter: «A Megan nunca devia faltar ao respeito ao nosso país, à Casa Branca e à nossa bandeira».

Mas, para a avançada dos Seattle Reign, uma ida à residência presidencial seria «uma oportunidade para a administração» Trump «exibir» a seleção, que assegurou o quarto título mundial para os Estados Unidos, o segundo consecutivo.

«Eu acho que não faz sentido para nós. Não consigo imaginar que alguma das minhas colegas de equipa queira estar nesta situação», acrescentou Rapinoe, que foi eleita melhor jogadora e melhor marcadora do Mundial.

Questionada sobre se teria algo a dizer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rapinoe respondeu diretamente: «Eu penso que lhe diria que a sua mensagem exclui pessoas. Você exclui-me. Você exclui pessoas que são importantes para mim».

A seleção norte-americana é esperada esta quarta-feira em Nova Iorque, onde as jogadoras devem ser recebidas por milhares de pessoas, nas ruas de Manhattan. Esta é a segunda vez que uma equipa feminina é convidada para uma parada na cidade, tal como ocorreu após a conquista do título mundial em 2015. A equipa deve também ser recebida no Senado dos EUA.