O Comité Executivo da UEFA decidiu afastar a Rússia da fase final do Euro2022 em futebol feminino, em Inglaterra, devido à invasão russa da Ucrânia, anunciando a entrada de Portugal para o seu lugar, depois de a seleção lusa ter sido afastado pelas russas nos 'play-offs'.

Francisco Neto, selecionador português de futebol feminino, garante que o convite foi aceite «com muita honra»: «Começo por dizer que trocávamos a presença neste Europeu por um mundo sem guerra e sem os acontecimentos chocantes que temos acompanhado pela televisão: bombardeamentos, mortes, crianças, mulheres, famílias inteiras em sofrimento e em fuga. Ninguém fica indiferente. A partir do momento em que recebemos o convite da UEFA para ocupar a vaga da Rússia, e participar num evento desta dimensão, aceitámos com muita honra e vamos preparar-nos da melhor maneira para disputar a prova, naquela que será a nossa segunda fase final em Europeus»,

«Terminámos com uma pontuação recorde de 19 pontos na fase de grupos e conquistámos o direito de disputar o ‘play-off’ de acesso à fase final, onde perdemos com a Rússia. Nas fases finais, uma das grandes vantagens é o tempo que teremos disponível para trabalhar com as jogadoras. Nunca tivemos tanto tempo, só há cinco anos. É outro aspeto que, naquela altura, fez alavancar a qualidade da equipa. Esperemos que dê para alavancar mais uma vez a qualidade coletiva da equipa», afirmou Francisco Neto, em declarações ao site oficial da Federação Portuguesa de Futebol.

Portugal vai assim participar pela segunda vez num Europeu de futebol feminino, depois de ter estado na edição de 2017. Com a decisão da UEFA, a seleção portuguesa fica integrada no Grupo C, juntamente com a Suíça, os Países Baixos e a Suécia, com os encontros a disputarem-se em Wigan & Leigh.