O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) considerou, esta quarta-feira, que o lay-off ou outro mecanismo de redução salarial dos jogadores deve ser o «último recurso» e apelou ao diálogo entre os responsáveis para encontrar outras soluções.

O presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, alertou para a necessidade de proteger «em especial os jogadores e clubes em situação de maior fragilidade», temendo por «muitos postos de trabalho» nos próximos meses.

«É fundamental promover o diálogo com a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na alçada das suas competições, para encontrar soluções que tornem o lay-off, ou qualquer outro mecanismo que vise a redução salarial dos jogadores, o último recurso», afirmou o dirigente, em declarações à agência Lusa.

Considerando que «há muita coisa a debater antes de afetar salários» dos jogadores, Evangelista diz que «só se aceitará o recurso» ao mecanismo de layoff simplificado que foi criado pelo Governo para as empresas fazerem face à covid-19 se forem «cumpridos todos os pressupostos legais», não podendo ser analisado em função do tempo de paragem das competições, mas em função «das quebras nas receitas e dos recursos financeiros que sustentam a atividade dos clubes».

Como sugestão de solução, o Sindicato defendeu a redução dos prémios de seguro ou a criação de um fundo de emergência através das receitas do imposto sobre os jogos e apostas. «Achamos, por exemplo, que não há motivo para que não se baixem os prémios de seguro, que representam um encargo muito significativo para os clubes, quando neste período o risco de lesão é muito mais reduzido, ou analisar as receitas que provêm do imposto sobre os jogos e apostas e perceber como podem ser canalizadas para responder, através de um fundo de emergência», referiu.