O Moreirense vai receber 15,8 milhões de euros do fundo Black Knight por 62,6 por cento da SAD, que no futuro passará a 70 por cento, um cenário que foi aprovado por mais de 300 sócios do clube, em Assembleia Geral. A taxa de aprovação dos associados foi de 94 por cento.

De acordo com o presidente do clube, Vítor Magalhães, um dos principais planos de investimento passa pela construção de um novo estádio com lotação para 10 mil espectadores, até 2030, perto da atual casa do Moreirense, o Comendador Joaquim de Almeida Freitas. Estão ainda previstos 500 lugares de estacionamento privado e três mil de estacionamento público.

Dos 15,8 milhões de euros de investimento esperados, 10 milhões serão alocados ao reforço da vila desportiva, que atualmente possui dois relvados naturais, um sintético e um edifício para a formação. Está prevista a instalação de mais dois relvados naturais, um deles com capacidade entre 1500 e 2000 espetadores, e de um edifício principal, capaz de acolher 52 atletas de formação.

Vitor Magalhães pretende ter os relvados naturais prontos no início de 2026. Já o prédio - que terá auditórios, salas de conferência e balneários - está previsto para 2027. Os restantes 5,8 milhões euros serão direcionados para a equipa principal de futebol. 

Para o futuro, o estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, que tem capacidade para seis mil espectadores, será utilizado para treinos e jogos da ambicionada equipa B ou de sub-23.

O Black Knight Football Club é ainda proprietário do Auckland FC (Nova Zelândia), do Lorient (França) e do Hibernian (Escócia). Ao apostar neste grupo britânico como parceiro, Vítor Magalhães acredita que o Moreirense garante uma maior longevidade, com mais facilidade de ser gerido.

«O Moreirense tem duas datas marcantes. A primeira, e mais importante, foi a sua fundação, em 1 de novembro de 1938. A segunda é 31 de maio de 2025, por este passo importantíssimo. Isto vem trazer outra competitividade, outra criatividade, outra imaginação para dar mais longevidade à instituição. O Moreirense será sempre o Moreirense, mas terá mais fontes de receita e será mais fácil de gerir», afirmou o presidente do clube minhoto, em declarações à Agência Lusa.