FIGURA: Leandro Barreiro (Benfica)
Foi o herói improvável do jogo com dois golos consecutivos numa fase em que o Benfica já só pensava em dilatar a vantagem no marcador, com as contas do apuramento no pensamento. Barreiro deu um toque de objetividade a uma equipa que criou muito – foi quase obrigada a isso dada a frágil resistência contrária – mas foi muito perdulária em frente à baliza do Auckland City. O “soldado” de Lage apareceu no momento em que a equipa se apoderou em definitivo da trincheira neozelandesa.
MOMENTO: resistência neozelandesa quebrada de penálti (45+8m)
O Benfica fechou a primeira parte com 18 remates (contra apenas um do adversário), oito deles à baliza e uma bola no poste, mas só conseguiu quebrar a resistência do Auckland City no tempo de compensação da primeira parte, graças a um penálti convertido por Di María. A partir daqui, tudo se tornou mais simples para as águias.
Ouros destaques
Fredrik Aursnes: aposta de Bruno Lage para a lateral direita, o internacional norueguês foi presença frequente em terrenos adiantados, muitas vezes em zonas interiores, ajudando a criar alguns desequilíbrios na defensiva contrária. Tirou alguns cruzamentos perigosos e chegou a marcar, perto do intervalo, mas o lance foi invalidado por falta de Pavlidis sobre o guarda-redes adversário, no início do lance.
Kerem Akturkoglu: muito mexido no ataque do Benfica, dispôs de uma mão cheia de ocasiões flagrantes para colocar o seu nome na lista de marcadores, mas faltou-lhe eficácia no momento de finalizar. Foi um dos principais desequilibradores no ataque dos encarnados enquanto esteve em campo.
Ángel Di María: bisar, mesmo que da marca de grande penalidade, é um feito sempre digno de realce. Mesmo longe de ter deslumbrado, criou dificuldades ao Auckland City sempre que lhe deram uma nesga de espaço. Na retina fica a assistência para Pavlidis aos 25 minutos, num lance em que o grego acertou no poste.
Vangelis Pavlidis: mais um jogador que, mesmo uns furos abaixo do habitual, foi decisivo para a goleada do Benfica. Esteve envolvido em grande parte dos lances de perigo criados pelas águias, fez o 2-0 e assistiu para o quarto. Nada mau, bem vistas as coisas.
Renato Sanches: voltou a marcar com a camisola do Benfica, mais de nove anos depois. A sua meia distância criou dificuldades ao Auckland City, tendo ficado perto do bis num par de situações. Uma aposta claramente ganha por parte de Bruno Lage.
Nathan Garrow: o jovem guarda-redes do Auckland City, de 20 anos, foi, de longe, o jogador em maior destaque na equipa neozelandesa. Só na primeira parte fez sete defesas, de um total de 10, algumas delas complexas e vistosas, tendo aguentado o nulo até bem perto do intervalo. Um dia para mais tarde recordar para um estudante que, pelo que se viu, pode perfeitamente acalentar esperanças em fazer carreira no futebol.