É um estudo que garante. O velho preconceito que junta jogador de futebol e pouca inteligência pode ter os dias contados.

O Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, realizou testes fisiológicos ao longo de dois anos em 57 futebolistas do principal campeonato do país e chegou à conclusão que estes são melhores ainda do que a média da população na capacidade para resolver problemas.

«Se compararmos os resultados dos futebolistas com os da população em geral, eles estão dois por cento acima. O teste mede a capacidade de resolver problemas e ser criativo e arranjar novas soluções para um problema. Isso é algo que um futebolista tem de saber fazer, para ter sucesso no campo», frisou Pedrag Petrovic, do departamento de neuro-ciências do Instituto.

Os resultados são melhores quanto melhor for a posição do clube na tabela e a qualidade do jogador em questão. O investigador diz que o preconceito sobre jogadores pouco inteligentes tem uma razão de ser: «Começam a jogar futebol muito cedo, não têm tempo para se dedicarem a estudos.»

O estudo durou duas temporadas futebolísticas e mostrou, ainda, que os que se saíram melhor nele também apresentaram melhores resultados em campo, em dados como os golos ou as assistências.

Os investigadores acreditam que este estudo poderá ser um ferramenta útil aos clubes na hora de recrutar jogadores, sobretudo em idades jovens, e já planeiam adaptá-lo a outras modalidades.