Dezoito clubes das I e II Ligas estiveram hoje reunidos para discutir a destituição do presidente da Liga Potuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e reafirmar a necessidade de marcar uma Assembleia-Geral para avançar com o pedido.

José Eduardo Simões, presidente da Académica e porta-voz no final da reunião do chamado G-18, afirmou que a intenção é destituir Mário Figueiredo, acusando o dirigente de ser «um problema» para o futebol.

«Quem está em constante incumprimento é a Liga, nas pessoas do seu presidente e do presidente da Assembleia-Geral», começou por dizer, acrescentando ainda: «O presidente da Liga não é solução. É um problema e, como problema que é, tem que ser afastado o mais depressa possível. Aliás, se tivesse alguma dignidade, respeito pelos clubes, já teria feito».

José Eduardo Simões leu ainda um comunicado que explica os principais motivos deste pedido de destituição e que se baseiam essencialmente na «não aprovação das contas da Liga de 2012/13, na não apresentação do orçamento de 2013/14, no manifesto decréscimo das receitas, na ausência de patrocínios e na falta de transparência na gestão».

O presidente da Académica explicou ainda que «é fundamental dar voz aos clubes», garantindo que esse direito «tem sido negado e constantemente adiado».

«Temos um conselho de presidentes marcado para a próxima terça-feira, dia 25, e uma Assembleia-Geral que tem que ser marcada. Por isso, estamos no momento certo para dizer basta a esta situação» finalizou.

Júlio Mendes, presidente do Vitória de Guimarães, reafirmou a intenção de destituição de Mário Figueiredo, acusando o presidente da Liga de estar «agarrado ao cargo».

«Tivemos um primeiro momento em que depositámos esperança naquilo que era o projeto de Mário Figueiredo, mas, depois, fomos percebendo que o modelo escolhido não era de encontrar soluções, mas travar guerras e torná-las suas. Mário Figueiredo tem que perceber que até pode estar com toda a vontade do Mundo, mas de nada adianta se essa verdade for contra a vontade dos clubes que o elegeram. Quem não consegue perceber que tem um papel de representatividade não está a fazer bem o seu papel», disse.

Em relação à possibilidade de ser candidato à presidência da Liga, Júlio Mendes é perentório: «Não sou candidato. Que eu saiba, não há eleições para a Liga. Estivemos juntos em prol de uma causa. O pior que podemos ter é discutir na praça pública, ou lançar nomes de candidatos. Recuso-me a falar de nomes. Falo de projetos. A minha vontade é dar sustentabilidade ao futebol português».

Na reunião, levada a cabo num hotel do Porto, estiveram presentes 18 clubes - Arouca, Académica, Belenenses, Estoril, Paços de Ferreira, FC Porto, Nacional, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Sporting de Braga, Rio Ave, Olhanense, Desportivo de Chaves, Portimonense, Beira-Mar, Tondela, União da Madeira e Penafiel.

Entretanto, na Liga, reuniram outros 12 clubes:  Gil, Maritimo, Benfica e Sporting (Liga); F arense, Feirense, Leixões, Ac. Viseu, Aves, Trofense, Moreirense e Oliveirense (II Liga). No final da reunião, juntou-se Mário Figueiredo, mas foi Carlos Pereira, o líder do Marítimo, o porta-voz, referindo:  «O que está em causa é procurar soluções de sustentatibilidade, Estes clubes querem o mesmo que os clubes q estiveram no Hotel Sheraton.  Ninguém q aqui esteve quer ser presidente da Liga».