Nico Gaitán falou do interesse do Manchester United em entrevista ao diário argentino Clarín, nesta segunda-feira. O extremo do Benfica mostrou-se surpreendido e orgulhoso com os elogios de Alex Ferguson, mas lembrou que qualquer acordo terá de ser bom para si e para os encarnados.

«Já na época passada diziam que estava a ser seguido pelo Manchester United, mas estive sempre tranquilo. Depois, calhou encontrarmo-nos na fase de grupos da Champions. Não esperava que Ferguson falasse de mim antes e depois do jogo. Disse que o Benfica tinha bons jogadores e que eu era um deles. Foi algo que gostei muito. Todos sabemos o que ele representa para o futebol mundial. Mas também sei que foi apenas um elogio, nada mais. Tenho de continuar a trabalhar e a provar o meu valor dentro de campo», contou o camisola 20.

A imprensa inglesa deu conta, antes do Natal, de que os «red devils» informaram o Benfica do interesse em Gaitán, mas o jogador evitou alimentar o assunto. «É um orgulho que uma das melhores equipas do mundo esteja de olho em mim. Mas penso apenas no Benfica, clube onde me sinto muito confortável em todos os aspectos. Se houver acordo, terá de ser bom para o Benfica e para mim e mais não digo.»

Além do «sir», também Alejandro Sabella, seleccionador da Argentina tem seguido o desempenho de Gaitán. «Na primeira vez que nos encontrámos na Europa apresentei-me, porque não me conhecia. Nunca tinha falado com Alejandro. Também estiveram nesse encontro Garay, Enzo Pérez e Rinaudo. Pareceu-me uma pessoa muito tranquila. Depois, chamou-me um par de vezes. E no fim de ano voltei a vê-lo quando voltou a Portugal. Sinto que me tem em consideração e isso deixa-me muito contente», contou.

A selecção é «algo de especial» para Gaitán, que deseja «sempre» fazer parte das convocatórias. «Quando somos escolhidos é uma grande alegria. Tento disfrutar de cada momento na selecção porque também sei que há muitos jogadores argentinos de grande nível no mundo.

Espero que Sabella me continue a chamar. Sempre que o fizer vou aproveitar e depois ele decidirá se jogo ou não. Mas é claro que se sou convocado gostaria de jogar com a camisola do meu país.»

Mas na Argentina não é só a selecção que o enche de emoções: «Estou sempre a par de tudo o que acontece no Boca [Juniors] e a conquista do título deixou-me muito feliz. Tenho lá muitos amigos e foi um alívio para todos.»

De Buenos Aires para Lisboa encontra «muitas diferenças», mas gosta da cidade onde vive e estabeleceu novas amizades, sobretudo entre o plantel encarnado. «Vive-se muito bem. Vivo muito perto do estádio, estou sozinho, mas de vez em quando recebo a visita de familiares. E tenho um bom grupo de amigos na equipa. Tenho uma grande amizade com o uruguaio Maxi Pereira. É uma grande pessoa e a ajudou-me muito desde o primeiro dia. Saviola e Aimar também me deram uma grande ajuda», revelou, ainda, Gaitán.