Guerreiros de pólvora (quase) seca. Desta vez o Sporting de Braga marcou, ao contrário do que tinha sucedido nos dois jogos anteriores, mas ainda assim voltou a mostrar desinspiração ofensiva. Somou 16 remates em Belgrado, mas sobram dedos de uma mão para contar aqueles que foram à baliza do Estrela Vermelha.

Com dois golos sofridos de bola parada, o segundo dos quais de penálti, a equipa portuguesa saiu derrotada da Sérvia, no arranque da fase de grupos da Liga Europa.

Em sintonia com o presidente quanto à necessidade de fazer mais e melhor, Carlos Carvalhal fez cinco alterações na equipa, também tendo em conta a necessária gestão do plantel: Fabiano, Lucas Mineiro, Galeno, Piazón e Abel Ruiz renderam Yan Couto, André Horta, Fábio Martins, Chiquinho e Mario González.

Incentivado pelo público do Marakana e pelas cinco vitórias consecutivas, o Estrela Vermelha até protagonizou as primeiras aproximações à baliza, mas o Sp. Braga foi sempre mais perigoso.

Cedo a equipa de Carlos Carvalhal insistiu nos remates de fora da área, mas com pontaria desafinada. O primeiro lance de verdadeiro perigo só surgiu ao minuto 22, mas Ricardo Horta precipitou-se perante um corte incompleto de um adversário, e já no interior da área rematou muito torto.

À beira do descanso a equipa portuguesa mostrou-se mais ameaçadora, com duas ocasiões relevantes: primeiro um lance em que Piazón é desarmado numa altura em que tinha tudo para finalizar para o golo, e depois um remate de Galeno ao exterior do poste, de ângulo difícil.

A segunda parte trouxe tendência semelhante, com o Sp. Braga a rematar mais, mas não propriamente a rematar melhor. Ivanic assustou com um remate à malha lateral da baliza de Matheus (62m), e logo a seguir a bola bateu na trave da baliza do Estrela Vermelha, mas com fora de jogo assinalado a Ricardo Horta, que involuntariamente desviou um remate promissor de Lucas Mineiro (64m).

Carvalhal trocou Abel Ruiz por Mario González, na tentativa de melhorar a eficácia ofensiva, mas os frutos apareceram do lado contrário. A mancha de Matheus ainda negou o golo a Diony, mas na sequência do canto surgiu o golo do Estrela Vermelha, apontado de cabeça por Rodic.

Foi preciso sofrer um golpe para acertar a pontaria. A resposta bracarense foi imediata, com Galeno a aproveitar um mau passe para restabelecer a igualdade no minuto seguinte, com um remate forte e colocado de fora da área (finalmente a meia-distância a funcionar).

Carvalhal lançou depois André Horta e Fábio Martins, mas seria novamente batido de bola parada. Ivanic «cavou» o penálti a Tormena e Katai garantiu o triunfo sérvio da marca de onze metros (85m).

Sequeira e Yan Couto foram as apostas finais de Carvalhal, que viu Borjan negar a Ricardo Horta (89m) um empate que seria mais condizente com aquilo o filme do jogo.