Em entrevista concedida ao canal ITV 1, Paul Gascoigne reconheceu ter sofrido um enorme susto

com este último internamento a que foi sujeito. O antigo craque britânico, que passou por nomes grandes do futebol europeu como o Newcastle, o Tottenham, a Lázio ou o Everton, vive dias difíceis na luta contra a sua dependência alcoólica.

Desde 1998 que o ex-jogador entra e sai de diversas clínicas de reabilitação, sem nunca ter conseguido ultrapassar os seus problemas. Desta vez, porém, Gascoigne apresenta-se com outra postura e com um novo discurso, admitindo que se sente «bem» e que está «bastante empolgado com as perspetivas de futuro», sublinhando que está a sair de uma fase «muito má».

Com 45 anos de idade, o antigo atleta viu os médicos temerem pela sua vida, quando recentemente deu entrada num hospital norte-americano para uma nova desintoxicação.

«Dei entrada no centro de tratamento e lá perceberam que a situação não era assim tão simples. Foi então que me transportaram para o hospital e que as coisas ficaram mesmo sérias», declarou.

«Lembro-me de ouvir alguém dizer a um médico 'Não me parece que este tipo se consiga safar'. Eu ergui ligeiramente a cabeça e disse-lhes que não me podiam deixar morrer pois tinha as plantas em casa para regar. As plantas morreram, mas eu sobrevivi», recorda.

«Por vezes parece-me fácil entrar nos programas de tratamento, mas desta vez foi deveras complicado», frisou. Embora exista quem ache ser demasiado cedo para se falar, Gascoigne considera «ser melhor assim e voltar à realidade o quanto antes».

O antigo internacional inglês ainda agradeceu a algumas celebridades pela ajuda e apoio prestados, casos do antigo futebolista Gary Mabbutt e do apresentador de rádio Chris Evans.

Quanto a hipotéticas semelhanças com o mítico George Best, Paul Gascoigne fez questão de sublinhar que «Best nunca se quis curar», adiantando que não é esse o seu caso.