Quando as coisas não correm como se deseja, é o líder de um grupo que tem de dar a voz para incentivar os colegas. Foi o que fez Gaspar, capitão do Rio Ave, a três dias do embate frente ao Sporting para a 5ª jornada da Liga. Com apenas um ponto conquistado em quatro partidas, o jogador deixa um discurso de esperança.

«O futebol tem uma coisa boa, é que todos os fins-de-semana temos esse psicólogo que se chama vitória », explicou Gaspar em conferência de imprensa, lembrando o percurso da época passada: «Tivemos um arranque menos bom, e depois da exibição e do resultado frente ao Sporting de Braga (2-0, à 9ª jornada) tivemos uma série de cinco jogos sem derrotas.»

O adversário é o Sporting e Gaspar reconhece que «há uma motivação extra, porque é mais mediático», embora encare este jogo como se fosse contra outra equipa : «A dificuldade é igual.» O capitão ironizou ainda com o mau arranque dos leões, parecido com o dos vila-condenses : «É engraçado. E olhem, em dois jogos as coisas mudaram completamente.»

Gaspar admite que «as coisas não estão à correr bem», mas recusa explicar o que é que tem falhado : «Não vou facilitar a vida ao treinador do Sporting, por amor de Deus.» Mas não deixou de dar um voto de confiança aos companheiros : «É uma equipa que tem mostrado valor, e faminta por mostrar que não desaprendemos. Somos lutadores e solidários.»

O capitão disse ter reagido bem às palavras do presidente António Silva Campos, que disse estar a espera de mais por parte dos jogadores : «O presidente é o patrão e exige mais dos trabalhadores. Eu fiquei contente porque mostrou confiança no grupo e também exigência.» E deixou recado para alguns jogadores poderem ajudar mais : «Nem que seja respirar bem profundamente cinco minutos e pensar no que podem fazer.»