Confirmando as notícias de domingo, Luigi De Canio foi oficializado como novo treinador do Génova. O técnico sucede a Alberto Malesani, que foi demitido na sequência da derrota (1-4) caseira com o Lecce, que levou aos adeptos a obrigar os jogadores a despirem a camisola do clube.

Luigi De Canio ainda não começou porém a trabalhar com o Génova, por uma simples razão: o plantel fugiu da cidade natal, refugiando-se num estágio em Milão. O primeiro treino vai realizar-se esta tarde e será à porta fechada: o Génova vai trabalhar nos próximos dias fechado para o mundo.

Na quarta-feira, recorde-se, o clube defronta o Milan, naquele que será o primeiro jogo de Luigi De Canio. O treinador de 54 anos volta desta forma ao ativo, num clube transformado num vulcão em ebulição. De Canio estava, de resto, desempregado há mais de um ano, desde que deixara o Lecce.

Ora enquanto Miguel Veloso e Belluschi se refugiam com os companheiros em Milão, o presidente Enrico Preziosi mantém-se em Génova e coopera com as autoridades na identificação dos adeptos: estão a ser analisadas as imagens de videovigilância do jogo e vai ser reconstituída toda a cena.

«Uma centena de adeptos deste clube é semelhante à delinquência organizada. É preciso encontrar estas pessoas e fazer com que nunca mais entrem num estádio. Por que 70 ou 80 pessoas podem intimidar outras 25 mil que só querem assistir a um espetáculo? Trata-se apenas de delinquentes.»

Enrico Preziosi adiantou de resto que os adeptos que lançaram objetos para dentro do relvado e obrigaram os jogadores a despir as camisolas são reconhecíveis e identificáveis. «O problema é que elas entraram por outro setor. Mas a polícia diz-nos que é possível encontrá-los», garantiu.

A pergunta que se seguiu colocou a dúvida sobre a possibilidade do Génova fazer os próximos jogos fora da cidade. O presidente não sabe se será possível. «Era preferível jogar noutra cidade, por muito que me custe para os adeptos que pagaram lugar anual. Mas não sei se pode ir em frente.»