O Sporting anunciou esta sexta-feira a expulsão de sócio de Bruno de Carvalho, ex-presidente do clube, e de Alexandre Godinho, antigo vice-presidente.

O Conselho Fiscal e Disciplinar do clube considerou que Bruno de Carvalho cometeu 12 infrações disciplinares e Alexandre Godinho 10, tendo o órgão leonino entendido «que os factos praticados, em acumulação, com premeditação, com relevantíssimos danos de imagem, moral e patrimonial, com dolo direto muito intenso, com liberdade, consciência e conhecimento da ilicitude pelos Sócios Visados Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho assumiram uma gravidade, uma ilicitude e uma censurabilidade tão grande e elevada que apenas se coadunam com a aplicação concreta, da sanção mais grave prevista nos diplomas legais».

«Estamos, em suma, perante a prática de infrações disciplinares muito graves não só para a imagem e para o património do Clube mas também para o próprio clube enquanto Instituição. Infrações que consubstanciam a prática de atos que visaram subverter a ordem, a orgânica, o funcionamento, a atividade e a subsistência do SCP», diz o comunicado.

Segundo a nota divulgada, em causa estão:

- «A tentativa de bloqueio de contas e de usurpação de funções, com a agravante de ter ocorrido em momento posterior à sua destituição pelos sócios do Sporting Clube de Portugal em Assembleia Geral de 23 de Junho».

- «A ação de obstaculizar a Assembleia e a violação do suspensão preventiva, com a agravante de serem comportamentos adoptados após ordens judiciais».

Em exclusivo para Bruno de Carvalho:

- «A perturbação grave da Assembleia Geral de 23 de Junho, com reflexos que ainda se repercutiram no futuro, as publicações nas redes sociais, feitas não só com o intuito de perturbar o funcionamento da Assembleia Geral e, assim, o exercício dos legítimos direitos dos sócios de livremente poderem deliberar e votar, mas também com de ofender de forma gravemente ofensiva outros sócios e membros legítimos dos órgãos sociais».

Em exclusivo para Alexandre Godinho:

- «A utilização do Clube como seu domicílio profissional».

O Conselho Fiscal e Disciplinar considera que «são comportamentos de tamanha gravidade que revelam um total desrespeito pelo Clube, pelos seus Estatutos e pelos seus sócios. Infrações essas que consubstanciam uma quebra da relação de confiança irremediável, absoluta e inultrapassável, entre os visados e o Clube».

Da direção liderada por Bruno de Carvalho, foram aplicadas ainda penas de suspensão por nove meses a Carlos Vieira (seis infrações), seis meses a Luís Gestas (quatro) e repreensão registada a Rui Caeiro (duas), tendo ainda sido decidido o arquivamento dos autos referentes a Luís Roque e José Quintela.

O comunicado do Sporting explica ainda que «os sócios visados foram notificados da decisão final, tendo sido comunicado que das decisões de expulsão e de suspensão cabe recurso para a Assembleia Geral, com efeito suspensivo e devolutivo respetivamente».