A SAD do FC Porto apresentou um Resultado Líquido Consolidado negativo de 51.854 milhões de euros no primeiro semestre do exercício 2019/20. Embora a matéria seja relativamente complexa, há explicações básicas para este resultado intermédio histórico.

A grande diferença reside nas receitas com a participação nas competições da UEFA. Ao falhar o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, passando para a fase de grupos da Liga Europa, os dragões disseram adeus a proveitos superiores a 50 milhões de euros.

No primeiro semestre de 2019/20, a FC Porto SAD teve proveitos operacionais – excluindo proveitos com passes – de 9.397 milhões de euros, contra os 60.822 milhões de euros do período homólogo.

Os dragões gastaram cerca de 59 milhões de euros em reforços, encaixaram pouco com as competições europeias e não venderam jogadores em janeiro de 2020 para manter a competitividade da equipa. No verão, as transferências de Óliver e Galeno geraram mais valias-reduzidas.

Óliver saiu para o Sevilha por 11 milhões de euros, mas a mais-valia foi de apenas 390.574 euros. Galeno foi transferido para o Sporting de Braga por 3.5 milhões de euros e a mais-valia foi de 1.282 milhões de euros.

Assim, face a este cenário, o FC Porto terá de garantir mais-valias consideráveis com a venda de jogadores antes do final do segundo semestre, conforme assumido no Relatório e Contas.