Regresso à normalidade para FC Porto e Benfica depois de um início de segunda volta com escorregadelas na Madeira e na Mata Real. De volta a casa, os campeões nacionais recebiam o Boavista com os olhos postos no dérbie, que também é clássico, do próximo fim de semana.

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Gaitán lesionado e Talisca por opção (tapado por amarelos) não iniciaram a partida frente aos axadrezados, ainda assim a Luz teve um Benfica seguro, autoritário e que ganhou com normalidade. Jonas assumiu a marcação da grande penalidade, tirando a Lima o monopólio da marca dos 11 metros, prova que o falhanço de Paços fora devidamente escalpelizado. Não há margem para erros apesar do (ainda) confortável avanço para a concorrência direta.
 
O adversário mais próximo veste de azul e branco e recebia, esta jornada, a visita do Paços de Ferreira orientado por Paulo Fonseca, antigo técnico dos dragões. A vitória dos castores diante do Benfica, na ultima jornada, agradou aos portista, mas nem os vários pontos de contato que aproximam as duas equipas serviram de atenuante. A partida terminou aos cinco com uma das melhores exibições da temporada. Prova que amigos amigos, negócios à parte.
 
O grande vencedor da última jornada, o Sporting, era o único dos grandes a jogar fora do seu reduto, num terreno complicado, com muita chuva e um adversário a precisar de pontos como de pão para a boca. Sem Jefferson, Nani e Slimani o quadro ainda perdia mais cor, mas os leõezinhos de Marco Silva responderam afirmativamente.
Estiveram a perder, mas souberam levantar-se e podem, na próxima jornada, decidir, já com todos os atores principais, se são ou não candidatos aos título. 
 
O Vitória de Guimarães visitou Penafiel e completou uma série de três jogos consecutivos com o mesmo desfecho: empate. A formação de Rui Vitória voltou a mostrar que tem muitas vidas e que nunca dá um jogo perdido. À semelhança do que acontecer com Gil Vicente e Boavista (Taça da Liga), os minhotos voltaram a sair atrás no marcador, mas salvaram o ponto no 25 de Abril.
 
Os vizinhos Sporting de Braga voltaram a celebrar uma vitória, em casa, perante um Moreirense. Parece a ordem natural das coisas, mas não foi assim tão simples. A formação de Moreira de Cónegos desperdiçou uma grande penalidade e teve, no início da segunda parte, várias oportunidades para matar o jogo. Deixou a equipa de Sérgio Conceição viva e o técnico lançou Pedro Santos para a vitória, permitindo continuar na perseguição aos rivais do Minho.
 
À entrada dos lugares europeus está o Rio Ave de Pedro Martins. Mais uma época notável do técnico que despontou na Madeira ao serviço do Marítimo. O empate, na recepção ao Estoril, parecia ser o resultado a registar até bem perto do final do encontro, mas Hassan lá resolveu a coisa a favor dos vilacondenses. 
 
No Funchal mora a segunda equipa com melhor registo nas últimas jornadas. O Nacional da Madeira  soma quatro triunfos consecutivos e nada tem a ver com aquela formação instável da primeira metade da temporada. Os reforços ajudaram bastante, porque acrescentam qualidade evidente ao onze de Machado, mas o professor tem o mérito de continuar a pensar pela sua cabeça. E isso traduz-se nos resultados. Vitória sobre o Belém e o renascer de alguma ilusão europeia.
 
O Gil Vicente dá a sensação de ir recuperando lentamente. Já vê de mais perto alguns adversários, mas continua a não conseguir segurar vantagens. À semelhança do que aconteceu na visita ao Castelo, a equipa de José Mota esteve na frente e viu os adversários empatarem perto do fim. Não deixa de significar uma melhoria, mas foram ao ar quatro pontos que tiravam  equipa da zona vermelha. O Setúbal continua sem perder com Bruno Ribeiro ao comando.
 
O outro empate registou-se em Coimbra, na receção dos estudantes ao Marítimo. O jogo teve apenas 90 minutos, mas pareceu uma eternidade. Os madeirenses sairam na frente, estavam melhor e as bancadas já pediam a cabeça de Paulo Sérgio. Os academistas empataram e voltaram e salvaram um ponto. Ainda é curto, mas sempre é melhor que nada.