A FIGURA:

Maxi Pereira: catapultou a reviravolta do FC Porto com uma jogada de raça a dar a reviravolta e uma vantagem que não mais fugiu aos dragões. Teve propensão atacante no apoio a Otávio, mas também solidez defensiva a suster as arrancadas dos rápidos extremos do Desp. Aves. Espírito de experiência e toque de decisão para a 21.ª Supertaça azul e branca.

O MOMENTO: reviravolta Maxi, 2-1 (67m)

Porventura na altura de maior expetativa do jogo, ainda empatado já dentro dos últimos 25 minutos, o FC Porto desbloqueou a igualdade com uma subida eficaz de Maxi Pereira ao ataque. Combinou com Otávio na área e rematou com pouco ângulo, do lado direito. Bola rasteira entre as pernas de Beunardeau, a entrar junto ao poste direito.

OUTROS DESTAQUES:

Brahimi: sempre irrequieto e ativo pela esquerda do ataque do FC Porto, iniciou a melhor jogada dos dragões na primeira parte. A que terminou, então, com o 1-1 após vantagem inicial do Desp. Aves. O argelino recebeu junto à linha lateral, aguentou a pressão de Rodrigo e, como bem sabe jogar com o corpo, saiu da marcação e tabelou eficazmente com Aboubakar. O resto foi velocidade e inteligência a ganhar espaço na área para bater Beunardeau com um remate entre as pernas. Para mal da final, não chegou sequer ao intervalo, por lesão.

Rodrigo Soares: o lateral-direito do Desp. Aves voltou ao clube já após o início de pré-época, mas mostra já estar com índices competitivos. Propensão atacante, qualidade a bater as bolas paradas e cruzamentos perigosos, como o que originou uma ocasião a Derley ao minuto 33. Só pecou, a nível defensivo, por ter perdido para Brahimi no início do lance do 1-1.

Felipe: é, muito provavelmente, o patrão da defesa do FC Porto e foi muito coeso nessa missão. Bem posicionado na retaguarda, com cortes cruciais a negar ataques mais perigosos do Desp. Aves.

Falcão: grande pontapé a dar vantagem aos avenses ao minuto 14. Deu luta a meio campo e, quando necessário, foi inteligente ao recorrer à falta, apesar de ter ficado condicionado com cartão amarelo na primeira parte.

Otávio: algo escondido na primeira parte, tem intervenção crucial ao assistir para o golo da reviravolta.

FC Porto-Desp. Aves, 3-1 (crónica)

Amilton: é uma das referências atacantes do Desp. Aves e provou-o ao longo do jogo, sobretudo nos primeiros 45 minutos, com rápidas arrancadas pelo flanco direito. Criou vários desequilíbrios pela direita, obrigando à atenção redobrada dos centrais do FC Porto no apoio a Alex Telles.

Beunardeau: apesar dos três golos sofridos, o único reforço absoluto entre os 22 jogadores que iniciaram o jogo fez várias defesas decisivas e espetaculares. Sobretudo na primeira parte. Logo a abrir, negou o golo a Aboubakar (5m), evitou a reviravolta em cima do intervalo e segurança ao atacar a bola nos lances de bola parada. Ainda uma corajosa intervenção a negar golo a Otávio (54m).

Diogo Leite e André Pereira: referência às novidades no onze do FC Porto em relação ao plantel da época passada. Os dois jovens da formação mostraram vontade e disponibilidade competitiva. Na defesa, apesar de ainda precisar daquele toque de experiência, Leite tem margem de progressão. Fez vários cortes decisivos e, lá na frente, André Pereira não se deu mal com Aboubakar, apesar de ter perdido fulgor com o desenrolar do jogo.

Corona: responsabilidade súbita para render o lesionado Brahimi aos 39 minutos foi coroada com um belo golo a estabelecer o resultado final.