A FIGURA: Radu

Homem do jogo, o guarda-redes da Roménia. Fechou a baliza dos visitantes até ao minuto 85, com intervenções cruciais, principalmente após os golos da sua equipa, a sustentar a vantagem. Na reta final, foi decisivo a parar tentativas de Jota, Gil Dias e João Félix. Cereja no topo do bolo no penálti defendido a João Carvalho, no último lance do jogo.

O MOMENTO: penálti defendido por Radu (90+10m)

Portugal dispôs da maior das ocasiões para manter as esperanças de apuramento direto intactas em Paços de Ferreira, com um penálti no décimo minuto de compensação. João Carvalho colocou a bola para a direita de Radu, mas o guardião defendeu, evitou o bis do médio e um empate que daria, por esta altura, outra moral nas contas à equipa de Rui Jorge.

Sub-21: Portugal-Roménia, 1-2 (crónica)

OUTROS DESTAQUES:

João Félix: joga e faz jogar. Referência no ataque a par de Jota e Heriberto, assumiu a função de maior apoio ao meio campo entre este trio, para construir jogo ofensivo. Do jogador do Benfica nasceram várias das ocasiões iminentes de golo portuguesas. Saída fácil da pressão dos jogadores romenos, capacidade de drible e remate. Esteve muito perto de empatar numa das várias ocasiões na compensação. Faltou golo a coroar a exibição.

Man: criativo pela direita, o jogador de 20 anos do Steaua Bucareste dispôs da melhor ocasião dos visitantes na primeira parte e deu capacidade individual ao ataque. Numa transição rápida, assistência primorosa para o golo de Ivan, o 0-2.

João Carvalho: a verdade é que, em termos diretos, esteve no melhor e no pior da seleção: o golo marcado e o castigo máximo desperdiçado. Em síntese, além disso, uma exibição aguerrida e combativa a meio campo.

Cicaldau: prontidão e esforço a sustentar o meio campo romeno, muitas vezes apanhado em missão defensiva face a períodos de maior aval atacante luso, o médio do Craiova abriu caminho, com um remate seco, forte e colocado, à vitória da Roménia.

Ferro e Jorge Fernandes: apesar de um curto e letal período que marcou os golos da Roménia, a dupla de centrais portuguesa esteve em bom plano em quase todo o jogo. Poder de antecipação à bola, pelo solo ou pelo ar, facilidade na saída a jogar e segurança.

Nedelcearu: pêndulo no eixo defensivo romeno, decisivo nas ações com bola a evitar que as sucessivas ocasiões lusas tivessem consequências negativas para a baliza à guarda de Radu.