O Belenenses é o primeiro a sair do D. Afonso Henriques com os três pontos na presente edição da Liga. Um golo de Carlos Martins, quando estava cumprida uma hora de jogo, exponenciou ao máximo a estratégia dos azuis do Restelo, lançando um pré-aviso de crise na Cidade Berço. Nem de grande penalidade a turma de Rui Vitória conseguiu abanar as redes de Ventura.
 
Regresso aos triunfos por parte do Belenenses, que somava um empate e uma derrota nas últimas duas jornadas. Lito Vidigal levou a água ao seu moinho, susteve a equipa do V. Guimarães e numa transição rápida deu o golpe fatal na equipa minhota, que somou a terceira jornada consecutiva sem vencer.

OS DESTAQUES: a tarde de Hugo Ventura
 
Sem Hernâni, uma das principais referências na primeira fase da época, Rui Vitória estreou Sami e Breno no principal campeonato português. Sami, reforço inscrito no último dia do mercado, substitui diretamente o extremo que rumou ao FC Porto.
 
Do lado do Belenenses, Lito Vidigal também estreou Rui Fonte na frente de ataque, incluindo o avançado emprestado pelo Benfica. De resto, em relação ao último jogo da Liga, os azuis do Restelo apresentaram-se em Guimarães com três alterações.
 
Azuis do Restelo tapam os caminhos da baliza
 
O jogo começou com mais transpiração do que inspiração. A equipa de Rui Vitória entrou mais aguerrida e mais pressionante, encostando o Belenenses à sua baliza, mas sem grandes efeitos práticos. Bruno Gaspar esboçou o primeiro remate do encontro logo aos vinte segundos, deu mostras de querer assumir as despesas do jogo, mas a verdade é que sem grandes dificuldades, Lito Vidigal ia conseguindo os seus intentos.

FICHA DE JOGO E NOTAS
 
A turma de Belém pausou o jogo, bloqueou a intensidade que o V. Guimarães queria impor no encontro e, dessa forma, estabeleceu as suas regras. Com o jogo mais monótono, e com um domínio consentido dos espaços ao Vitória, a equipa do Restelo ia tentando surpreender com a imprevisibilidade de Dalcio e Miguel rosa nos corredores laterais.
 
Destaque para um lance na área do Belenenses logo aos seis minutos. Alex é derrubado depois de invadir a área, mas o árbitro Bruno Esteves amarelou o extremo vimaranense, entendendo que houve simulação.
 
Rui Fonte dá golo a Carlos Martins e Ventura segura triunfo
 
Corria de feição o jogo ao Belenenses no primeiro tempo e ganharia ainda mais expressão na segunda parte. Rui Fonte deixou o primeiro aviso à passagem do minuto 60, ao atirar ligeiramente ao lado depois de uma solicitação de Dalcio.
 
Depois de avisar, a equipa de Lito Vidigal marcou mesmo num lance que espelha aquilo que foi o Belenenses no D. Afonso Henriques. Carlos Martins recuperou a bola a Jonatan Alvez e numa transição rápida Rui Fonte desequilibrou e contemporizou até o próprio Carlos Martins encostar para o fundo das redes.
 
O V. Guimarães via-se novamente em desvantagem no marcador, situação recorrente nos últimos jogos. A lógica do futebol mandou os vitorianos literalmente para cima da área adversária, mas a turma de Belém não tremeu e não deixou que os homens de Rui Vitória criassem grande perigo.
 
Na hora de maior aperto apareceu Ventura a parar o V. Guimarães, até de grande penalidade. Jonatan Alvez foi abalroado por Tikito e André André teve nos pés uma oportunidade soberana para marcar, mas o capitão do Vitória fez aquilo que não costuma fazer: desperdiçou o castigo máximo quando faltavam dez minutos para os 90.
 
Até ao final o V. Guimarães ainda conquistou uma série de cantos, rondou a área do Restelo, mas não teve arte em engenho para marcar. A estratégia de Lito Vidigal deu frutos e o Belenenses regressa aos triunfos e põe o V. Guimarães numa situação pouco confortável para a visita ao Dragão.