A Figura: Lucas Paquetá

Resistiu ao primeiro golpe e acabou por revidar com estilo. Logo no primeiro minuto, um choque com Pepe quase o deixou KO – o internacional português acabaria por sair ao intervalo precisamente por esse motivo. A partir daí, Paquetá passou a jogar com a cabeça ligada, mas mesmo assim fez um jogo extraordinário. Ao lado de Dembélé ou mais solto nas suas costas, o internacional brasileiro mostrou toda a sua categoria técnica. Para lá desse aspeto, esteve taticamente quase sempre irrepreensível, entregou-se ao jogo, compensou desequilíbrios no meio-campo, pressionou lá na frente. O prémio acabaria por surgir aos 60m, ao rematar com classe para o fundo da baliza, apontando o golo que faz para já a diferença na eliminatória. Um lance infeliz para Rúben Semedo, que quase conseguiu emendar o erro de Mbemba. 

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O momento: minuto 95. VAR acaba com a festa

Toni Martínez assistiu Mbemba e o congolês desfeiteou Anthony Lopes. Faltava, porém, o tal pormenor: a validação do VAR, que acabou com a festa no Dragão aos 95m. O golo da igualdade foi anulado por fora de jogo, tal como havia sido o lance de penálti a favor dos dragões, após mão na bola de Paquetá. E tal como também, em sentido oposto, foi validado, cinco minutos antes, o golo de Paquetá, por afinal Dembélé estar em jogo aquando da assistência. Tudo somado, terá sido um dos jogos mais azarados dos dragões com a vídeo-arbitragem desde que esta ferramenta foi introduzida no futebol.

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Outros destaques:

Uribe

É um jogador fundamental em toda a manobra da equipa de Conceição. O colombiano é um gestor de equilíbrios no meio-campo. Na cobertura, a intercetar cada bola, a lançar transições foi sobretudo ele quem segurou as pontas perante um meio-campo mais robusto dos franceses. Não foi suficiente. No entanto, é notável a evolução que o colombiano tem tido ao longo das últimas épocas.

Rúben Semedo

A lesão de Pepe, levou Sérgio Conceição a apostar nele ao intervalo para uma estreia absoluta com a camisola da equipa principal do FC Porto. Apesar do golo sofrido pelos dragões, em que curiosamente a bola lhe passa entre as pernas, apesar de a grande responsabilidade ser da passividade de Mbemba, foi uma estreia segura do central que chegou em janeiro por empréstimo do Olympiakos. Sempre ligado ao jogo, Rúben Semedo mostrou as suas qualidades tanto na marcação como no desarme sempre muito apoiado pelo público.

Vitinha

Vê-lo jogar é quase sempre um regalo. Mesmo com o terreno pesado, com as pernas cansadas, com uma equipa muito física do outro lado, Vitinha pegou por vezes na batuta. E quando o faz o FC Porto está muito mais perto de um futebol superlativo. Faltou fôlego, mas a arte está sempre lá.

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Moussa Dembélé

O internacional pelas seleções jovens de França quase parecia uma espécie de Lukaku na frente de ataque do Lyon. Um ponta-de-lança possante, veloz e sempre com a baliza na mente. Aos 25 anos, ele é a grande referência ofensiva do Lyon e foi um perigo constante para a baliza do FC Porto. Esta noite, teve o golo nos pés num par de ocasiões. Não marcou, mas acabou por assistir Lucas Paquetá, aos 60m, para o golo que fez a diferença no marcador.

Anthony Lopes

Seguríssimo entre os postes. Mesmo sem fazer defesas impossíveis, o internacional português mostra porque é um intocável na baliza do Lyon há várias épocas. Esta tarde, era ele a última barreira para o ataque do FC Porto. Bem coadjuvado pelos dois centrais – Thiago Mendes e Lukeba – mostrou-se intransponível.