A primeira coisa para se conseguir vencer o Euromilhões é jogar. E é precisamente isso que o Benfica vai fazer em agosto, pois riu por último na disputa com o Sporting, a única coisa que lutava nesta tarde de domingo, último dia de Liga e que fechou um ciclo na Luz.

Também houve outra notícia boa para os que estiveram neste estádio. O Moreirense é de primeira e, a julgar por este encontro apenas, merece-o em pleno. A equipa minhota foi organizada, colocou dificuldades ao anfitrião e quando teve de ir para a frente, foi. Chegou a estar instalado no meio-campo encarnado, irritou os adeptos das águias, mas até acabou por fazer uma festa maior que o Benfica.

Afinal, o Moreirense atingiu o principal objetivo da época. O Benfica não. É bom recordá-lo. O segundo lugar é um mal menor e pode dar acesso a muitos milhões de euros.

Rui Vitória fez quatro mudanças ao onze que empatara em Alvalade na semana anterior, com Jonas a ser a principal novidade. Seria sempre, pois Jonas não tem igual, mesmo que o nível de qualidade baixe um pouco.  Seria ele, claro, o homem decisivo.

Aliás, este encontro escreve-se pela história de dois homens. A de Jonas e de Alfa Semedo.

Enquanto o Benfica tentava descobrir caminhos para a área de Jhonatan no seu carrossel habitual, Alfa Semedo ia tapando-os. Grimaldo até o percebeu e rematou de fora da área, ao lado. Jonas ganhou a frente ao 90 do Moreirense e atirou para defesa de Jhonatan e tudo o resto que o Benfica criou no primeiro tempo foi demasiado espaçado, sem continuidade e com tiros para fora.

Apesar da maior posse do Benfica, o nulo era perfeitamente aceitável e na primeira parte a Luz apenas reagiu efetivamente ao que se passava no Marítimo-Sporting.

Ora, o segundo tempo voltou a escrever-se pelos pés de Jonas e braços de Alfa Semedo. Uma grande penalidade guardou Jiménez mais uns minutos no banco, pois Jonas festejou pela 34ª vez no campeonato e o Benfica, com o 1-1 da Madeira, passava para a frente do rival.

O Moreirense jogava a vida e enquanto essa parecia correr bem, naquele momento, às duas equipas nos outros estádios, Petit mandou a equipa para a frente. Rafael Costa obrigou Varela a defesa apertada logo após o 1-0 e os minhotos instalaram-se no meio-campo encarnado.

Os adeptos do Benfica viveram minutos de tensão, até que abriram por fim as gargantas. Não porque o Benfica resolvia o problema que tinha no relvado, mas porque o Marítimo fazia 2-1 e nesse duelo último e particular com os leões, vão poder chegar ao trabalho nesta segunda-feira e sorrir pela ultrapassagem.

No entanto, sublinhe-se: o segundo lugar só dá uma hipótese e não retira da memória o facto de que os encarnados conquistaram apenas uma Supertaça em 2017/18. Depois de um ciclo vitorioso, iniciado por Jorge Jesus e completado por Rui Vitória, a Luz fechou para balanço.