Cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) descobriram, através de ensaios laboratoriais, um medicamento que reduz até 94% da carga viral do novo coronavírus.

Esta quarta-feira, o ministro brasileiro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, revelou que o fármaco vai ser testado em 500 doentes internados em sete hospitais do país e prevê que o tratamento contra a covid-19 possa começar a ser administrado já em maio.

«Com tudo isto funcionando, considerando as quatro semanas de testes e o sistema de diagnóstico aproximadamente no mês de maio teremos uma ferramenta para combater esta pandemia aqui no Brasil», afirmou Marcos Pontes em conferência de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.

De acordo com as informações reveladas pelo ministro, trata-se de um medicamento de baixo custo que já é amplamente vendido nas farmácias brasileiras e que não contém cloroquina, substância testada no combate à covid-19, cuja utilização é defendido pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Apesar de o medicamento já estar a ser utilizado, os cientistas e o governo do Brasil não vão revelar o nome até que os testes clínicos comprovem a sua eficácia em pacientes com covid-19.

Para chegar ao resultado promissor, os cientistas do centro localizado em Campinas, no interior de São Paulo, analisaram mais de dois mil medicamentos e selecionaram seis com potencial para reduzir a reprodução do novo coronavírus.

Os últimos números no Brasil apontam para mais de 1.700 mortes e mais de 28 mil casos confirmados de covid-19.