Jogava-se o minuto 43 no Estádio D. Afonso Henriques quando Quevedo foi atingido com uma forte pancada no joelho direito, após uma entrada mais dura de William. O francês ainda aguentou até ao intervalo, mas a gravidade do golpe feito pelos pitons do defesa brasileiro, que, inclusivamente, o obrigaram a ser suturado com seis pontos, não permitiu que continuasse em jogo. 

Já esta manhã, Quevedo compareceu no Bessa, mas não chegou a treinar, tendo apenas realizado tratamento médico. Requisitado pelos jornalistas para uma pequena conversa, o axadrezado respondeu com a simpatia que o caracteriza e não se furtou a relatar o lance que o lesionou, tal como ele o viu. 

«O William entrou com intenção de jogar a bola, mas acertou-me com os pitons na perna e provocou-me um golpe. Fiquei muito assustado porque deixei de ter sensibilidade do joelho até ao pé. A minha primeira reacção foi rodar o joelho para ver se estava tudo em condições e fiquei com muito medo», começou por referir. «Já passou», prosseguiu, «agora quero ver o lance na televisão para depois ter uma opinião mais exacta. Mas o certo é que o William não me pediu desculpa». 

Em dúvida para o Sporting 

Neste momento, a total recuperação do jogador a tempo de poder participar no encontro do próximo sábado com o Sporting ainda é uma incógnita. Quevedo, contudo, acredita que poderá ser possível jogar: «Já estou a andar melhor, por isso vamos esperar para ver. Se não houver nenhuma inflamação, creio que é uma boa possibilidade». 

Uma prenda que cairia do céu, já que «gostava muito de jogar com o Sporting, porque vai ser um bom jogo e o estádio vai estar cheio». «Além disso, pode garantir-nos, desde já, uma vaga na Liga dos Campeões e reforçar a liderança no campeonato», conclui. 

Por falar em liderança, será que o Boavista tem pedalada para aguentar o primeiro lugar até ao final da I Liga, como muita gente tem questionado? Resposta pronta: «Ainda ontem marcámos um golo em meia oportunidade e mostrámos que temos experiência suficiente para aguentar esta vantagem até ao fim». 

Por fim, Quevedo teve ainda fôlego para descrever os problemas que marcaram o final do jogo. «Com a equipa não houve grandes problemas a não ser o tempo que passámos dentro do estádio, tal como se verificou há algumas épocas atrás, mas depois a polícia fez um grande trabalho e acompanhou-nos até fora da cidade».