Em Penafiel não houve festa, não houve Taça, apenas um jogo mediano. O Gil Vicente confirmou o favoritismo ao vencer o Penafiel, da II Liga, por 2-0 e está na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Sandro Lima, no primeiro tempo, e Claude Gonçalves, no segundo, marcaram os golos da passagem barcelense.
O tempo bastante chuvoso não convidava uma saía à bola e isso refletiu-se num estádio completamente despido de adeptos – apenas 343. Os gilistas entravam para este encontro com vantagem no confronto direto: em 54 jogos, venceram 22, perderam 12 e empataram 20. Mas a Taça é pródiga em surpresas e muitas vezes o David vence Golias. Não foi o caso. Os penafidelenses nunca criaram muito perigo e os de Barcelos jogaram confortáveis, num ritmo baixo, acabando por vencer com tranquilidade.
O início da partida foi equilibrado, mas a turma da casa entrou mais afoita e perspetivou um tomba-gigantes. A formação duriense até foi a primeira a criar perigo. Yuri ficou perto do golo, logo ao quarto de hora, e colocou em sentido a formação barcelense. Miguel Leal apostou num 4x3x3 para tentar levar de vencido o Gil Vicente, enquanto Vítor Oliveira manteve o habitual 4x2x3x1, e utilizou a melhor equipa possível, sem poupanças.
Os galos demoraram muito a reagir e só a partir da meia hora é que assumiram as despesas do jogo. Contudo, criaram logo mossa. Primeiro, Baraye apareceu solto na área e rematou para a defesa do jogo de Luís Ribeiro. Poucos minutos depois, o senegalês tirou dois adversários da frente e, já na área, foi carregado por Vini. Artur Soares Dias não teve dúvidas e assinalou, de pronto, grande penalidade. Na conversão, Sandro Lima não perdoou e abriu o ativo.
Ato contínuo, Miguel Leal mexeu na equipa. Colocou Ronaldo Tavares na frente, alargando o ataque para um 4x4x2. O resultado não foi o esperado e só no segundo tempo é que a turma duriense conseguiu reagir.
Ainda assim, foram os de Barcelos a entrar melhor na etapa complementar. Sandro Lima voltou a colocar o esférico no fundo das redes, lance invalidado por fora de jogo – Lourency demorou uma eternidade a soltar a bola. Na resposta, o Penafiel ficou muito perto de marcar. Grande remate, de fora da área, de Alan Schons a fazer estremecer a barra da baliza de Denis.
O Gil Vicente mostrou então que não queria fazer horas extras e voltou a assumir as despesas do jogo. Aos poucos foi-se acercando da baliza penafidelense e acabou mesmo por marcar. Claude Gonçalves pegou no esférico à entrada da área, deixou três adversários para trás e fez o golo. Foi a machadada final nas aspirações da turma da casa que nunca mais conseguiu reagir. Os gilistas seguem na Taça e o Penafiel dedica-se em exclusivo ao campeonato.
Penafiel, 0
Gil Vicente, 2
Ao intervalo: 0-1
Árbitro: Artur Soares Dias
Penafiel: Luís Ribeiro; Pedro Lemos, João Paulo, Vini, Inácio; Rafa Sousa, Romeu (Ronaldo Tavares), Alan Schons (Alfredo); Ludovic (Márcio), Yuri e Pires. Treinador: Miguel Leal
Gil Vicente: Denis; Fernando Fonseca, Nogueira, Rúben Fernandes, Henrique Gomes; Soares, Claude; Baraye, Kraev (Leo Cordeiro), Lourency (Lino); Sandro Lima (Naidji). Treinador: Vítor Oliveira
Golos: 0-1, por Sandro Lima (36); 0-2, por Claude Gonçalves (76)
