Em grande forma. Desmarca-se com facilidade, ganha espaços e é rápido. Nos minutos iniciais da partida atirou por duas vezes aos ferros de Marco Aurélio. Na primeira vez, bateu Marco Aurélio com um remate bem colocado mas a bola encontrou caprichosamente a barra. Dois minutos volvidos, voltou a bater o guardião brasileiro, com um tiro cruzado mas, mais uma vez, a bola foi atraída pelo poste. Ingratidão. Mas não foram estes lances que esmoreceram o talentoso jogador. Foi uma permanente dor de cabeça para Pedro Henriques ao longo de toda a primeira parte. No segundo tempo passou a jogar a lateral direito e rendeu menos. Acabou por comprometer a sua exibição e a vitória da sua equipa quando, nos minutos finais, puxou Guga pela camisola na área.
Tapou todos os buracos. Jogou bem colado à dupla de centrais do Leiria e raramente proporcionou espaços aos avançados do Belenenses. Seba, Marcão e Guga bem tentaram entrar pelo centro, mas encontraram sempre a oposição de Tiago que acabou por sofrer constantes faltas, tal a impaciência que provocou aos avançados azuis.
Foi um verdadeiro carro de combate no centro do terreno. Não é muito dotado tecnicamente, mas, em termos de constituição física, não encontrou um rival à altura no jogo de hoje. Transmite segurança aos seus companheiros e é difícil de travar. As cargas tem efeitos nefastos em quem as faz sobre este jogador. Nunca cai. Além disso, possui um remate fortíssimo. Guga que o diga. O livre que deu origem ao golo de Paulo Alves, encontrou a face do brasileiro que caiu quase inanimado. Dinda teve ainda mais três ou quatro oportunidades para marcar livres, mas Guga nunca mais se ofereceu para ficar na barreira.
Esteve longe do seu melhor nível. Ainda assim, destacou-se entre os seus companheiros pelo inconformismo e frescura física. Nunca desistiu de lutar, pelo menos, pelo empate e acabou por consegui-lo indirectamente. A falta que deu origem à grande penalidade favorável ao Belenenses foi sobre ele cometida em mais uma acção revestida de inconformismo. Entrou de rompante na área e, com passada larga, ultrapassou João Manuel que, instintivamente, agarrou-o pela camisola. Ao longo do jogo chegou por muitas vezes até à linha de fundo mas, quando procurava os companheiros na área, raramente lá estavam. Acabou por perder a paciência e fazer sucessivas faltas sobre os adversários. Depois de ter visto um «amarelo» só graças à misericórdia de Vítor Pereira não foi expulso.
