O tira teimas para ver quem seguia em frente para a final four neste grupo, decidiu-se em Trás os Montes.

No Desportivo de Chaves, a grande novidade foi a estreia do treinador César Peixoto, substituindo José Mota que deixou o clube, após a derrota com o Académico de Viseu para a Taça de Portugal.

A história deste jogo conta-se praticamente pelo resultado. Ao intervalo, já os dragões tinham carimbado o passaporte para a final four, tal a supremacia exercida por um Chaves de jogo muito macio, muito permissivo perante as investidas de Tiquinho, Marega, Nakajima e companhia.

Assim, desde os primeiros instantes, os comandados de Sérgio Conceição, deixaram antever ao que vinham: resolver a contenda a seu favor. Na verdade, se assim o pensaram, melhor o executaram, pois à passagem do quarto de hora, as redes do Desp. Chaves já tinham lá dois golos, marcados pelo suspeito do costume: Tiquinho Soares. Aos 8 minutos inaugurou o marcador, a passe magistral de Corona, para, logo depois bisar, aos 16 minutos.

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O Desp. Chaves apanhado assim, não conseguir reagir. Curiosamente, o Municipal de Chaves parecia mesmo estar em plano inclinado, pois a bola apenas circulava no meio campo defendido pelos locais. Nesta avalanche ofensiva, em plena área flaviense, Jefferson, cometeu a imprudência de pisar o pé de Tiquinho, seguindo-se a consequente grande penalidade assinalada por Carlos Xistra. Marega chamado a converter, permitiu a defesa a Igor, mas, na recarga, foi letal, fazendo assim o terceiro golo da sua equipa.

O Desp. Chaves bem tentou reerguer-se, mas o seu futebol continuava demasiado lento, sem causar qualquer mossa na defesa adversária. Um ar de graça ainda aconteceu no dealbar do primeiro tempo, com Hugo Basto a cabecear certeiro, pondo à prova o guardião portista (até aí tinha sido mero espetador do espetáculo), com boa defesa, negando assim as pretensões do central flaviense que tinha ido lá à frente dar uma ajuda aos colegas.

Após o intervalo, a toada não se alterou. O FC Porto continuou dominador, mesmo que tenha tirado o pé do acelerador, mas, por seu lado, o Desp. Chaves, não virou a cara à luta. Mercê deste entusiasmo vivido pelos locais, os derradeiros minutos do encontro foram muito ativos, com a obtenção de três golos. Aos 79 minutos, Platiny reduziu, marcando para o Chaves, naquele que foi a única jogada com conta, peso e medida. Logo de seguida, o Porto, por Luis Díaz obteve o quarto da contenda, para, de imediato, aos 84, André Luís reduzir para 2-4, tornando, desta forma, uma derrota menos pesada, num resultado que até aí quase roçava a humilhação.

Uma semana aziaga para os flavienses que se viram assim afastados da Taça de Portugal (depois de eliminarem dois primodivisionários) e agora da Taça da Liga.