É sempre difícil para qualquer futebolista fazer a sua própria apresentação. Normalmente, preferem que sejam os outros a caracterizá-los e Antonin Alcaraz, contratado pelo Beira Mar até 2007, não foge à regra. No entanto, revela que é «um bom stopper», isto é, um defesa de marcação. Tem boa visão de jogo, é hábil no passe e possante no jogo aéreo. Excelentes qualidades para quem tem 20 anos e uma internacionalização pela selecção do Paraguai.

Não tem dúvidas quem são os seus ídolos: «Gosto dos meus compatriotas. Do Gamarra, do Ayala e do Arce». São os três que mais admira, apesar de só os dois primeiros serem centrais. O jogador sabe bem que «Gamarra jogou no Benfica», mas confessa que tem um estilo muito diferente do actual central do Inter de Milão: «Cada um tem a sua forma de jogar». Até porque um é libero e o outro especialista na marcação.

Quando era pequeno, Alcaraz nunca pensou que iria ser jogador de futebol. Nasceu no seio de uma família humilde da classe média-baixa do Paraguai: «O meu sonho não era ser futebolista, porque a minha vida não me permitia fazer carreira no desporto. Não sei como esse sonho surgiu, porque não havia muitas possibilidades para isso», confessou o internacional paraguaio que nasceu a 30/07/82 e vestiu a camisola da selecção do seu país frente ao Brasil, na fase de qualificação para o Mundial-2002. Agora, está perto de se estrear na Superliga, frente ao Benfica, porque o seu certificado internacional já chegou ao clube de Aveiro.

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