FIGURA: Alex Grimaldo
O Benfica fez três remates perigosos e todos saíram do pé esquerdo do lateral espanhol. Isto resume a pobreza das águias e torna natural este destaque ao lateral. O primeiro nasceu após bom passe de Waldschmidt, o segundo e o terceiro foram na marcação de livres diretos. Marchesín parou o primeiro e o poste esquerdo do argentino parou o terceiro.

MENÇÃO HONROSA: Vertonghen
Não foi fácil escolher o segundo melhor do Benfica, tal a desinspiração da equipa. O belga foi o menos errático da defesa, talvez o menos mau, se assim preferirem. Ainda assim, uma exibição apenas razoável, longe de corresponder ao mediatismo e ao peso salarial do internacional ex-Totenham.

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Outros destaques:

Vlachodimos
A falta sobre Taremi é tão clara quanto escusada. Com o movimento feito, o iraniano procurava precisamente o que conseguiu. O internacional grego arriscou e não podia dar coisa boa, na perspetiva das águias. Um erro grave numa fase em que o jogo estava confuso, sem se perceber bem o que daria. Grande defesa a remate de Uribe, no início do segundo tempo.

Darwin Nuñez
Não ganhou um duelo a Pepe. Em determinados lances pareceu intimidado, como se os seus 187 centímetros e 81 quilos fossem registos de um peso pluma num combate contra um colosso. Sair para um grande de uma das maiores ligas europeias? Não tem condições para isso, neste momento. Uma nulidade.

Everton Cebolinha
Por falar em nulidade… Cebolinha. O lusófono Wilson Manafá foi mais rápido, mais determinado, mais valente, melhor em todos os sentidos. Um deserto de tudo.

Waldschmidt
Fez um excelente passe para Grimaldo, em habilidade, que permitiu ao espanhol obrigar Marchesín a boa defesa. E ganhou uma falta a Mbemba à entrada da área do FC Porto. Dois momentos bons numa exibição intermitente, cinzenta, sem alegria.

Nico Otamendi
Demasiados erros, emocionalmente instável. Foi tentando mostrar serviço em cortes em esforço, mas sempre que lhe foi exigido autoridade e comando, o argentino respondeu mal. Jesus deu-lhe a braçadeira no reencontro com o FC Porto, mas o gesto simbólico parece ter espicaçado mais os dragões do que moralizado o internacional argentino.

Weigl e Taarabt
Contra uma equipa que é superior – como o FC Porto nesta altura é -, o Benfica não pode jogar só com dois médios. Foram engolidos por Sérgio-Uribe-Otávio, sem bola e sem lucidez. Ainda assim, Julian Weigl conseguiu ser um bocadinho melhor do que Adel Taarabt.