Guimarães, o remodelado estádio da cidade-berço, recebe mais um confronto ibérico no dia 6 de Setembro. Portugal prepara o Euro 2004, depois de duas vitórias anteriores frente a Bolívia (4-0) e Cazaquistão (1-0). A Espanha ainda não sabe que vem a Portugal, nem que vai ficar no grupo do país organizador, porque antes ainda tem de garantir o segundo lugar no seu grupo e de se desembaraçar da Noruega no play-off. É o oitavo jogo da era Scolari e talvez o mais importante até agora.

Iñaki Saez, o seleccionador espanhol, aposta naquela que poderá vir a ser a dupla de ataque no Euro: Raúl e «El Niño» Fernando Torres. Aos 12 minutos, o primeiro golo dos visitantes confirma a sua superioridade. Etxeberria bate Ricardo pela primeira vez. Portugal não consegue responder. Na segunda parte, Joaquin, um dos grandes fãs de Figo, destroça a defesa lusa para o segundo golo. Mais 13 minutos e a humilhação nos pés de Diego Tristán. 0-3. Um escândalo, uma diferença enorme entre dois candidatos ao título europeu.

A derrota marca o início do ostracismo de algumas das habituais escolhas de Scolari. Sérgio Conceição, Maniche e Fernando Meira não voltaram a ser chamados durante 2003. O seleccionador pouco explica da decisão, porque não fala dos que não estão. E estes nunca mais estiveram.

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