Momento: Stepanenko gela a Luz

Minuto 71. As bancadas da Luz ainda estavam a festejar o golo de Rafa quando Stepanenko impôs um silêncio abrupto com uma cabeçada imparável na sequência de um pontapé de canto. Segundos antes o Benfica tinha-se colocado, pela segunda vez no jogo, em vantagem da eliminatória, mas tal como na primeira vez, os ucranianos responderam rápido.

Figura: Rúben Dias marcou nas duas balizas

Noite de emoções fortes para o jovem central. Marcou o golo do empate, na própria baliza, poucos minutos depois do Benfica ter-se colocado em vantagem no jogo e na eliminatória, mas depois redimiu-se e marcou ele próprio o golo que colocava o Benfica em vantagem e a eliminatória igualada. No primeiro lance, tentou antecipar-se a Júnior Moraes e acabou ele próprio por marcar na própria baliza. No segundo, elevou-se bem nas alturas para desviar um canto de Pizzi para as redes de Pyatov. Ainda tentou uma nova cabeçada em mais um pontapé de canto, mas sem o mesmo êxito.

Ismaily

Uma permanente dor de cabeça para a defesa do Benfica, apesar de, no papel, ser apenas o lateral esquerdo da equipa ucraniana. Subiu com facilidade pela ala, aproveitando o frequente adiantamento de Tomás Tavares para chegar com facilidade à área do Benfica. Esteve no início do lance do primeiro golo do Shakhtar e depois fez a assistência para o terceiro, mas pelo meio fez muito mais. Destacamos um cruzamento bem medido para Júnior Moraes e ainda um remate ao poste, num lance que acabaria por ser invalidado.

Pizzi

O melhor do Benfica enquanto teve energia. Supostamente jogou sobre a direita, à frente de Tomás Tavares, mas acabou por alargar o seu raio de ação a toda a frente de ataque, provocando desequilíbrios na defesa ucraniana. Logo aos 9 minutos, abriu o marcador, com um remate que surpreendeu toda a gente. Ainda antes do intervalo marcou o pontapé de canto que permitiu a Rúben Dias marcar o segundo. Na segunda parte esteve menos interventivo, mas antes de se substituído marcou mais um livre milimétrico para a cabeça de Seferovic.

Rafa

Demorou a entrar no jogo, mas depois foi o que teve mais pilhas até ao final. Fez mais uma demonstração de toda a sua classe no 3-1, com um pontapé em jeito a fazer a bola sobrevoar Pyatov ao encontro das redes. Depois dos ucranianos empatarem o jogo, deu o tudo o que tinha para levar o Benfica para a frente, com constantes arrancadas no corredor.

Alan Patrick

Bom jogo do brasileiro, particularmente na organização de jogo. Sempre que o Shakhtar ganhava a bola procurava Patrick que depois distribuía jogo, ora abrindo para as alas, ora procurando passes de rotura pela zona central. Acabou por matar o jogo com o terceiro golo do Shakhtar, com um remate de cima para baixo, com a bola a ir ao solo para depois passar por cima de Vlachodimos.