O Sporting abriu as portas do treino após as férias natalícias e deu hipótese também à comunicação social para observar um treino de Jorge Jesus.

Mesmo sem todos disponíveis, o técnico montou um treino descontraído mais virado para a troca de bola, processo que o técnico exigiu ser rápido e preciso.

Após a receção calorosa dos milhares de adeptos presentes na bancada central, a sessão começou com uma corrida à volta do campo durante sensivelmente 15 minutos.

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Depois disso, o grupo de 22 jogadores foi dividido a meio. Dois dos guarda-redes fizeram treino específico enquanto Beto, titular na ausência de Rui Patrício, treinou-se com o restante grupo durante a maior parte do tempo.

Com colete treinaram-se Azbe Jug, Jefferson, Paulo Oliveira, William, Petrovic, Meli, Gelson, Castaignos, Bryan Ruiz e Matteus.

Do outro lado, sem colete estiveram Beto, Ricardo Esgaio, Zeegelaar, Douglas, Coates, Bruno Paulista, Adrien, Markovic, Joel Campbell e Bas Dost.

Os exercícios com bola apelaram à capacidade de raciocínio dos jogadores, obrigados a trocar entre si em meio-campo apenas e com o mínimo de toques possível, no máximo dois.

Ao último exercício acrescentaram-se duas balizas, momento pelo qual todos os adeptos aguardavam. A peladinha em meio-campo foi o ponto alto do treino, com jogadas de elevada nota artística a soltarem uns «ah» de espanto nos presentes.

Enquanto os jogadores davam espetáculo dentro do relvado, nas bancadas as opiniões dividiam-se quanto aos favoritos, indo parar invariavelmente ao mercado de transferências.

«Este é craque mas o Sporting tem de vender, não há hipótese», diziam alguns adeptos, ainda que com tristeza na afirmação.

Atento a todos os pormenores, Jorge Jesus mostrou-se também interventivo, sobretudo para com Adrien Silva, o pêndulo deste Sporting.

Da peladinha saltou como evidência aquela que poderá ser mais uma das habituais adaptações de Jesus. Meli, argentino que chegou no início da época para reforçar o meio-campo, foi testado a lateral direito.

Tudo preparado ao pormenor, e o exemplo que se segue demonstra isso mesmo.

De forma a replicar o mais possível aquilo que se passa num jogo a sério, os adjuntos de Jesus desempenharam funções de árbitro auxiliar, nomeadamente no que respeita aos foras de jogo.

É certo que não fazem correrias de um lado para o outro, mas posicionam-se no enfiamento da baliza para observarem de perto as movimentações dos avançados. Não foram poucos os lances em que Raul José, por exemplo, levantou o braço a assinalar posição irregular.

Golos foram alguns, com Markovic a bisar para o conjunto sem colete.

O apito final surgiu noventa minutos depois do início, sem direito a tempo de compensação mas com aplausos de parte a parte.

Os leões defrontam o Varzim na sexta-feira para a Taça da Liga.