Os três pontos em disputa vão para o Minho, mas Portimonense e Sporting de Braga proporcionaram um grande jogo de futebol.

Fez a diferença Paulinho, que com um golo aos 33m evitou aos minhotos passarem as passas do Algarve e voltarem às vitórias após a 1.ª jornada.

Foi um jogo equilibrado o desta tarde em Portimão, com a equipa de Sá Pinto a dominar até ao intervalo e a de António Folha a responder depois, com 90 minutos de muita emoção, oportunidades e muita intervenção dois treinadores, obrigados a várias mudanças de sistema durante o jogo. Venceu o Sporting de Braga, foi mais eficaz, mas o empate ajustava-se melhor à reação algarvia. Pena a pontaria...

Portimonense a defender em 4x2x3x1, com Cevallos ao lado de Pedro Sá em missão defensiva, e em saída para o ataque desdobrando-se em 4x4x2, com Lucas Fernandes a encostar em Jackson Martinez. Nas duas situações, Aylton Boa Morte, na direita, e Marlos Moreno, na esquerda, encarregavam-se de carrilar jogo pelas alas. Em relação a mexidas no onze, e tendo como referência o empate (0-0) em Setúbal, na última jornada do campeonato, António Folha promoveu o regresso do central Willian Rocha e Cevallos, em detrimento de Rodrigo Freitas, que esteve no banco, e Dener, lesionado.

Ricardo Sá Pinto só fez uma alteração em relação ao empate (2-2) caseiro com o Marítimo, trocando Claudemir por João Palhinha e armou a equipa em 4x3x3, com o ex-leão em missão mais defensiva e com João Novais e André Horta mais adiantados. Galeno, na direita, e Ricardo Horta, na esquerda, foram os extremos da equipa, com Paulinho fixo entre os centrais algarvios.

Com muito jogo transportado pelos flancos, principalmente pelo direito com Galeno a infernizar a vida a Júnior Tavares, o Sporting de Braga foi uma equipa muito perigosa e criou situações aflitivas para Ricardo Ferreira, que evitou um resultado mais desnivelado que a vantagem mínima que os minhotos levaram para intervalo.

Portimonense-Sp. Braga: filme e ficha do jogo

Com André Horta e João Novais com muito espaço no miolo, facilmente eram descobertos espaços para os criativos do meio-canto bracarense colocar a bola e solicitar situações de finalização a Paulinho, que entre os centrais algarvios deu muito trabalho. Como aos 15, num remate cruzado desviado pela linha de fundo pela ponta dos dedos de Ricardo Ferreira e aos 43 acorreu a um cruzamento de Sequeira e só com Ricardo Ferreira pela frente rematou para mais uma defesa do guarda-redes do Portimonense. Pelo, apareceu o golo, aos 33 minutos, na sequência de um erro de Júnior Tavares, que perdeu a bola para Galeno que acelerou pelo flanco direito para cruzar para o lado contrário, com Ricardo Horta a servir para trás para a finalização fácil do avançado dos minhotos, que rematou cruzado e colocado de pé esquerdo para o fundo da baliza.

A superioridade bracarense até poderia ter sido mais expressiva ao intervalo, se a pontaria de Galeno aos 22 fosse melhor e aos 31, num remate picado do brasileiro, que Ricardo Horta desviou para a barra, mas o lance foi anulado por fora de jogo. No minuto seguinte, João Novais recebeu uma passe em profundidade de nas costas da defesa algarvia, virou-se para a baliza mas rematou para defesa de Ricardo Ferreira.

Apesar do domínio absoluto do Sporting de Braga, o Portimonense até poderia ter desmentido isso nos números do marcador: é certo que os algarvios apenas tiveram duas reais oportunidades, mas que chegaram a assustar Matheus: aos 27 Koki Anzai cruzou, Pablo Santos não conseguiu o corte e Marlos remata de primeira à meia volta, com a bola a passar próxima do poste direito e aos 45 num livre de Júnior Tavares, Willian, de costas, desviou de cabeça com muito perigo para a baliza bracarense.

Completamente diferente foi a segunda metade, com os papéis a inverterem-se e o Portimonense a tornar-se dono e senhor do jogo. António Folha arriscou tudo, retirou o amorfo Cevallos e Marlos e lançou Bruno Tabata e Yuri Castilho, revolucionando a forma ofensiva da equipa, num bem vincado 4x4x2, com Yuri a fazer companhia a Jackson Martinez.

Portimonense-Sp. Braga: destaques do jogo

Com Lucas Fernandes a subir de produção e a bola a rolar mais perto da área minhota, Jackson Martinez foi tendo espaço, com Yuri a trabalhar muito bem nesse aspeto arrastando marcações, e o Portimonense foi construindo situações de golo e sempre poo Jackson: aos 54, de cabeça saltou mais alto que Pablo e Matheus defendeu junto ao solo, no minuto seguinte Bruno Viana falhou o corte e o avançado colombiano, talvez não contando com a benesse, não conseguiu finalizar. Aos 63 Cha Cha Cha acerta nas malhas laterais e a exceção aos lances de Jackson aconteceu aos 65, num remate à meia-volta de Aylton Boa Morte, que Matheus deteve.

Certamente que São Pinto não estava a gostar e tentou estancar os algarvios, reforçando o meio-campo defensivo com a entrada de Claudemir para a saída do criativo João Novais. O certo é que no imediato notou-se a diferença, houve mais equilíbrio no miolo e os algarvios já não conseguiram fazer as transições com a velocidade com que o estavam a fazer, por terem menos espaço para o fazer.

A dez minutos do fim Folha mudou novamente, retirou um defesa, no caso Júnior Tavares e colocou o médio Rômulo, reformulou a defesa, recuando Pedro Sá para o lado de Jadson, ficando Aylton Boa Morte com todo o corrredor esquerdo e o central Willian Rocha acabou como ponta-de-lança, ao lado de Jackson e Yuri. A alteração efetuada por Folha permitiu novamente ao Portimonense ganhar metros e ter situações de remate como num livre direto de Lucas Fernandes, a sete minutos do fim, e principalmente em remates de Rômulo, em cima dos noventa minutos e de Tabata, antes do último apito do árbitro, silvo que chegou como alívio para os minhotos que conseguiram uma preciosa vitória.