Jorge Coroado apitou esta quinta-feira o seu primeiro Belenenses-Atlético num jogo que iniciou um conjunto de actividades organizadas para o homenagear na sua despedida do futebol profissional. No início da partida, os responsáveis do Belenenses ofereceram uma camisola e uma bola autografadas por todo o plantel. O Atlético entregou ao juíz um galhardete e uma salva de prata.

O encontro terminou com uma vitória dos azuis do Restelo, por 2-0. Pouco importante dada a ocasião. A festa do futebol esteve em campo e até os árbitros tiveram direito a substituição, passando três juizes pelo relvado. Jorge Coroado apitou durante 30 minutos para depois sair debaixo dos aplausos do público, que se deslocou a Belém. Coisa rara dir-se-ia, mas que segundo o árbitro já aconteceu muitas vezes. No entanto, «este jogo teve um sabor especial», referiu.

O árbitro, que foi atleta do Belenenses entre 1970 e 1975, sentiu-se em casa e ficou sensibilizado com homenagem que lhe foi prestada: «Para princípio está óptimo. Não esperava esta adesão. Embora soubesse que poderia existir a vontade de colaborar. Tenho a agradecer o esforço de profissionais que colaboraram numa homenagem a um colega. Um amador que tentou colaborar com eles de forma a que tudo corresse sempre bem.»

«Sinto-me honrado e lisonjeado por todo o ambiente que se criou à volta desta homenagem», disse Jorge Coroado, um dos árbitros mais conceituados do nosso país.