Van Hooijdonk rescindiu esta tarde com o Benfica, mas lamentou a decisão do clube em dispensá-lo. O avançado holandês deixou claro que a sua vontade era continuar e considera que as razões apresentadas pelo clube não fazem sentido. «Caros não são os jogadores que ganham muito e produzem. Caros são os que ganham muito e não produzem».
Tendo em conta a posição inflexível assumida pela direcção do clube, Van Hooijdonk considerou que a rescisão acabou por ser a melhor opção. «Fiquei satisfeito, caso contrário não teria chegado a acordo. A situação não era boa para o clube nem para mim. Era preciso uma solução e, depois de um periodo de discussão, encontrámos uma solução final», explicou o avançado holandês.
Van Hooijdonk manifestou-se surpreendido pela decisão do clube e quis deixar claro que a sua vontade era ficar. «Quando voltei não me deixaram treinar com a equipa principal. Depois de marcar 19 golos numa época difícil, esperava estar nos planos do clube, já que assinei por três anos. É preciso perceber que queria ficar, mesmo depois desta época, infelizmente o clube pensou de modo diferente e fiquei numa posição difícil», referiu o jogador. «Penso que não merecia ser deixado de fora assim, mas ficou claro que os meus serviços não seriam queridos», reforçou o internacional holandês.
O avançado revelou que a razão a direcção apontou para a sua saída foi o elevado salário que auferia no clube. «Sei que não foi uma decisão do treinador. Seria estranho deixar de fora alguém que marcou 19 golos numa época com várias dificuldades. Não se pôs a questão de reduzir o meu salário. Tinha um contrato e os 19 golos seriam razão suficiente para quererem me segurar», adiantou Van Hooijdonk que não se considerava um jogador caro. «Caros não são os jogadores que ganham muito e produzem. Caros são os que ganham muito e não produzem».
«O meu ego é grande demais para jogar na equipa B»
O jogador considera que tinha uma boa relação com os adeptos e estava esperançado em fazer uma época ainda melhor. «A equipa contratou grandes jogadores. Assim seria mais fácil render. Mas, o clube decidiu de forma diferente». Gosto muito deste clube e saio com a sensação que cumpri. A minha única frustração é não ter conseguido ganhar nada. Pessoalmente tive uma boa época, mas o futebol é o desporto colectivo».
A direcção chegou a propor a Van Hooijdonk a passagem para a equipa B. Algo impensável para o holandês. «O meu ego é grande demais, por ser internacional A e por ter marcado 19 golos, para jogar na equipa B».
