Manuel Balela cumpriu o seu último jogo com o técnico do Farense no Estádio de S. Luís com uma vitória sobre o Braga. Foi a melhor despedida para um treinador que assumiu a equipa quando esta atravessava uma situação complicada e conduziu-a a um campeonato bastante positiva. 

Na hora do adeus, Balela fez vários agradecimentos. «Quero agradecer aos sócios, que ao longo do campeonato nos apoiaram e deram estabilidade para trabalhar, apesar da apreensão lógica quando peguei na equipa, mas que foi logo ultrapassada; também ao moto-clube de Faro, que conjuntamente com o Farense é um dos símbolos do Algarve», referiu o treinador. Como é habitual na última jornada em Faro, cerca de 100 motoqueiros escoltaram a equipa até ao Estádio. 

Sobre o seu sentimento neste altura, Balela assegurou não estar triste, pois «foi cumprido o objectivo da permanência» e esse estado de espírito nunca pode registar-se, dado que o Farense é o clube do seu coração. «É só um até logo, porque deixo sempre uma porta aberta», assinalou sem querer fazer referência ao seu futuro. Para si, o mais importante é «tentar conquistar um bom resultado em Guimarães para dignificar a camisola, depois desta vitória justíssima sobre o Braga». 

Manuel Cajuda: «Parabéns ao Farense» 

Manuel Cajuda não quis abordar questões específicas do jogo, preferindo referir-se apenas ao esforços dos jogadores. 

«Parabéns ao Farense pela excelente época e também ao árbitro Augusto Duarte, que provou ainda existir gente boa apesar das pressões. Penso que foi por causa disso que só houve cartões amarelos para o Braga, quando existiu pelo menos uma situação em que o Hassan poderia ter visto o cartão. Para além disso, ficaram-me dúvidas no golo anulado», abordou o técnico. 

Apesar de ter praticamente perdido o acesso à Taça UEFA com esta derrota, Cajuda não deixa de endereçar elogios aos seus atletas: «Parabéns aos jogadores do Braga, pois efectuaram uma época extraordinária. Esta parte final está a ser muito difícil devido a algumas lesões que afectaram jogadores influentes. Mas existem objectivos e o trabalho continua, tal como ficou patenteado na chamada de mais dois jogadores da equipa B. Os objectivos tendem e crescer e na próxima época vão ser maiores». 

Quando questionado sobre o facto de ser sempre aplaudido quando joga em Faro, Cajuda não esqueceu as ligações ao Farense. «É gratificante, porque sou associado do Farense há mais de 20 anos. Não há dinheiro que pague a gratidão, pois foi aqui que dei os primeiros passos», referiu. 

No final do jogo ficou a saber-se que não houve controlo anti-doping. Quim recusou-se a comparecer na sala de imprensa para justificar a falha que ofereceu o golo da vitória ao Farense.